terça-feira, 13 de março de 2012

Duas ideias para esterilização de escovas em Hospitais

Postado em 11.03. por Paulo Pimentel, no Portal da Medicina Oral


Da mesma forma que há necessária preocupação com o biofilme oral em pacientes internados, também a própria escova dental e raspadores linguais podem favorecer o acúmulo de micro organismos patogênicos. Estes podem, assim, proliferar nas escovas (e raspadores linguais) e serem reinseridos na cavidade oral.
O armazenamento destes objetos auxiliares da descontaminação oral também pode favorecer a infecção cruzada além de incorporar um dificultador a mais para a implantação de rotinas em hospitais e, nos já sobrecarregados, CTIs, por exigir uma desinfecção após o uso.
A forma mais prática de lidar com o problema é o simples descarte, porém, isto pode inviabilizar o uso das escovas e raspadores em unidades menos abastadas.
Para tentar uma solução são propostas várias alternativas ao descarte, por exemplo, a lavagem e imersão em antissépticos como clorexidina e hipoclorito de sódio e uso de gaze (enrolada em abaixador lingual ou porta-agulhas) ao invés dos limpadores. Ambas alternativas já foram citadas no protocolo sugerido para UTIs.
Ultimamente tive contato com duas ideias interessantes para tentar minimizar o problema, a esterilização em autoclave e a desinfecção por luz ultra violeta. Estas alternativas só seriam viáveis em escovas convencionais já que escovas com sucção não devem, em princípio, ser reutilizadas, e em casos onde não houver precaução de contato, por exigir maior cuidado microbiológico.
Estudos de crescimento de biofilmes (culturas individuais, nas escovas e do grupo de pacientes internados), análise de custos benefícios, considerações sobre casos específicos e mudanças de rotinas (para as equipes de enfermagem) são variáveis que devem ser bem avaliadas antes de indicar qual o melhor método a ser implantado.
Desinfecção em autoclave
A FNL Comércio de Suprimentos, representante da marca de marca de higiene bucal TePe no Brasil, acaba de investir em mais um estudo que reforça a qualidade dos produtos que comercializa. Com o apoio de um grupo de pesquisadores clínicos e de membros do Departamento de Farmácia da Faculdade de Odontologia da USP, foram realizados testes que comprovam que as escovas de dente, escovas interdentais e raspadores de língua da empresa sueca de podem ser submetidos à esterilização em autoclave sem danos mecânicos ou à eficácia dos produtos.
Segundo Maria Helena Leite, diretora da FNL, o resultado chancela o que a matriz da empresa já havia garantido e abre perspectivas para a melhoria da saúde bucal em hospitais – uma vez que permite aprimorar o controle da reinfecção dos pacientes hospitalizados - em geral comprometidos na sua condição de saúde -, por microorganismos remanescentes das suas próprias escovas dentárias. Os estudos foram realizados pelos doutores Felipe Rebello Lourenço, Teresinha de Jesus Andreoli Pinto, Marco Aurélio Hiendlemeyer Furtado e Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes.
Com radiação Ultra Violeta

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