segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Odontologia e as feridas complexas de pele


Recebi email da Politec Saúde sobre a realização da JORNADA PAULISTA DE TRATAMENTO AVANCADO DE FERIDAS – 2011 (organizada pela SOBRATAFE).

Em princípio a Odontologia não é um foco do evento, mas os Dentistas de hoje não são mais como os de antigamente.

Pensei em fatores bucais que poderiam retardar diretamente a cicatrização de feridas de pele, como os focos infecciosos orais oriundos de estomatites, doença periodontal ou endodôntica.
Lembrei das doenças metabólicas como o diabetes, que também poderia ser uma causa indireta, ainda mais se os mesmos fatores intra-orais estiverem atuando.

Há um interessante caso que estou conduzindo de uma paciente com vários problemas dentários e diabetes descompensado. Só a muito custo consegui a liberação da Endocrinologia para o procedimento, apesar de explicar que os problemas bucais também atuariam como fator perpetuador. Mas o que mais chamou a atenção dos médicos foi a fístula extra-oral que surgiu devido aos problemas odontológicos.

Pesquisei na internet e achei um relato de caso de uma criança com ferida de pele também por problema bucal. Mas não achamos muitas descrições de como fazer o adequado cuidado da ferida da pele, além da correção da doença intra-oral.

Certamente a CTBMF é a especialidade mais afeita a esta área (do cuidado com as feridas extra-orais), pois o dentista clínico tem muito pouco conhecimento e contato com estas situações.

Assim convido os interessados a palpitarem e deixarem suas experiências sobre o tema, afinal quem se interessa também pela Odontologia Hospitalar poderá, em dado momento, ter que atender este tipo de caso.

Odontologia na Cardiologia: SOCESP

Postado em 26.10.2011 por Paulo Pimentel, do blog Portal da Medicina Oral. Texto completo AQUI.


O uso da saliva no diagnóstico geral, a Medicina descobrindo a saliva.


A importância da saliva tem aumentado como líquido diagnóstico, pois está disponível para coleta e análise de maneira não invasiva. Pode ser empregada para monitorar a presença e o nível de hormônios, de drogas, de anticorpos, contagem de microrganismos, contagem de íons, além de indicar a suscetibilidade à doença cárie, doença periodontal e alterações na mucosa. A análise da saliva tem sido empregada em:
  • farmacologia, monitoramento de terapêutica com alguns medicamentos e  estudos sobre o metabolismo;
  • monitoramento de: teofilina,lítio, fenitoína, carbamazepina, cortisol, digoxina e etanol;
  • testes de abuso de drogas;
  • avaliação e estimativa de pesquisas endócrinas;
  • testosterona e progesterona;
  • diagnóstico imunológico: de vírus e vigilância ( ex: de anticorpos do sarampo, rubéola e caxumba);
  • diagnóstico de reações decorrentes de enxerto x hospedeiro;
  • testes de classificação.
A presença da saliva na cavidade oral é vital para a manutenção dos tecidos orais hígidos. A redução na produção da saliva além de colocar a saúde de dentes, periodonto e mucosa oral em risco cria um impacto prejudicial na qualidade de vida do paciente. A xerostomia  leva os pacientes à dificuldade de comer, engolir alimentos secos, articular as palavras, altera o paladar, aumenta o risco de infecções orais, sensação de queimadura e ardência na língua e mucosa, progressão mais rápida de cáries especialmente as radiculares, aumenta a sensação de sede e pode tornar os lábios secos, aumenta o risco à doença periodontal e traz dificuldades no uso de próteses totais e removíveis. A prevalência de xerostomia está aumentando nos países onde a população idosa está vivendo por mais tempo, entretanto, é um problema que atinge grande parte da população adulta mundial.

Referências:
Edgar, M.; Dawes,C.; O’Mullane,D. Saliva e Saúde Bucal. Composição, Função e Efeitos Protetores. 3ª ed. Santos,2010.
Bardow,A.;Lagerlöf,F.;Nauntofte,B.; Tenovuo,J. O papel da saliva in Cárie Dentária: A Doença e seu Tratamento Clínico. 2ª ed. 2011. Fejerkov & Kidd.

domingo, 30 de outubro de 2011

Convite para o Encontro do GEMOOH do CRO-RN de Novembro de 2011: Atendimento Odontológico para Paciente Cardiopata


  A Dra. Érika Vidal vai apresentar trabalho sobre “Atendimento Odontológico para Paciente Cardiopata

 O Grupo de Estudos de Medicina Oral e Odontologia Hospitalar (GEMOOH) do CRO-RN convida os cirurgiões-dentistas, acadêmicos e demais profissionais do campo da saúde interessados no tema a comparecerem no auditório do conselho, na próxima terça-feira, 1 de novembro, para assistir a a palestra “Atendimento  Odontológico para Paciente Cardiopata – Instituto do Coraçao (InCor –FMUSP)”, a partir das 19 horas. A conferencista é a Dra. Érika Vidal Costa Rego.

FONTE: CRO-RN

30 de outubro: Dia de Luta contra o Reumatismo, sem motivos para Comemorar!

No Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo, 30 de outubro, pacientes não tem muito o que comemorar: de acordo com representantes do governo, não há previsão para incorporação de novas drogas.  

Às vésperas do Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo, celebrado no dia 30 de outubro, representantes da Associação Nacional dos Grupos de Pacientes Reumáticos (ANAPAR) e do Ministério da Saúde se reuniram na terça-feira, 11, na Procuradoria da República do Distrito Federal, em Brasília, para discutir a atualização do Protocolo Clínico relacionado à Artrite Reumatóide. A ANAPAR pede agilidade na incorporação de três novos medicamentos pleiteados há mais de quatro anos, a fim de que seja atendida a necessidade de pacientes que já não respondem mais aos tratamentos oferecidos pelo SUS.

A atualização do protocolo clínico de AR vem se arrastando e estava prevista para 2010, mas até hoje não houve avanço. O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, José Miguel do Nascimento Júnior, presente na reunião, não soube dar uma previsão de quando o protocolo será colocado em consulta pública (último passo para a incorporação). O documento foi atualizado pela última vez em 2006.  “Importante ressaltar que na última atualização do protocolo foram incluídos novos códigos, ou seja, novos tipos de doenças reumáticas a serem cobertas, mas não houve incorporação de novos medicamentos. Há uma defasagem que precisa ser corrigida”, explicou a coordenadora institucional da ANAPAR, Lauda Santos.

Com a sanção da Lei 12.401/11 que regulamenta a Lei 8080/90, esclareceu José Miguel, é possível que o processo de incorporação de novos medicamentos para artrite reumatóide, em tramitação há mais de dois anos, tenha que recomeçar do zero. “Teremos novos requisitos para incorporação que, provavelmente, não serão atendidos pelos processos em andamento hoje. Será preciso então recolher o processo, adequar, e dar entrada novamente”, disse. Ele afirmou que o decreto que irá normatizar a Lei 12.401 está em análise na Casa Civil e entrará em vigor a partir do próximo dia 26 de outubro. Só então será possível conhecer as exigências que serão cobradas para novas incorporações.

A notícia foi recebida com pesar pelas representantes da ANAPAR. “É revoltante perceber que os nossos esforços durante todos esses anos foram em vão. Teremos que recomeçar do zero”, disse Lauda Santos, após ter a confirmação de que não vai haver prioridade para o que já está em tramitação. 

O procurador da República, Peterson de Paula Pereira, que coordenou a reunião, ressaltou, entretanto, que a Lei 12.401/11 é um avanço, pois estabelece prazo de 180 dias, prorrogável por mais 90, para a conclusão do processo administrativo. “Nossa expectativa é de que isso garanta celeridade aos processos de incorporação de novos medicamentos”, disse.

Ele afirmou, ainda, que encaminhará um ofício à Secretaria de Assistência à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde, solicitando esclarecimentos sobre o andamento do protocolo de AR, já que os representantes governamentais presentes na reunião não souberam informar a Procuradoria a esse respeito. 

De acordo com a coordenadora da ANAPAR, estima-se que 1% da população brasileira sofra de artrite reumatóide e que, deste total, grande parte não responde mais ao tratamento fornecido pelo Sistema Único de Saúde. “Por isso estamos cobrando do Ministério da Saúde a incorporação de novas alternativas terapêuticas para esse público específico, que precisa acionar a Justiça para garantir seu direito ao tratamento. Não é esse o objetivo da ANAPAR, não defendemos a constante judicialização”, ressaltou ela.

Também participaram da reunião a presidente e a advogada da Associação, Abigail Gomes Silva e Lígia Jansen, respectivamente, e as representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Vânia Canuto Santos e Ana Cláudia Barbosa.
 

Precisamos com urgência voltar a nossa Campanha “Um Twitter para @padilhando e @minsaude” todos os dias, várias vezes ao dia. Porque a degeneração da AR não espera.
Vivemos em um Brasil de grande desigualdade. A partir de Janeiro/2012, os planos de saúde cumprindo a RDC 262/Anvisa, vão fornecer medicamento biológico de uso ambulatorial, ou seja, quem já usou Adalimumabe, Etanercepete e Infliximabe e tem plano de saúde, terá acesso aos demais biológicos que o SUS não fornece através do Plano de Saúde, porém, quem não tem plano de saúde, como fica?

Para que tenhamos acesso total e igualitário ao medicamento biológico disponíveis no Brasil, é preciso que ocorra a atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.

Vamos lá.... @minsaude @ padilhando .. twitando novamente.
 @minsaude, diz que terá campanha de Conscientização no Dia de Luta contra o Reumatismo em 30/10 e que  material informativo seria enviado para as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Será que isso vai acontecer?  Sigamos twitando!!!

Esperamos um futuro sem Deformidades como essas!

Fonte: Associação Brasil Parkinson apud Blog Artrite Reumatoide

sábado, 29 de outubro de 2011

Decisão clínica: mecanicista X biológica.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A relação entre o peso e a saúde bucal

Classificada como a doença epidêmica global do século 21, a obesidade é responsável pelo aparecimento, desenvolvimento e agravamento de doenças bastante sérias, como diabetes, hipertensão arterial, câncer e até infarto.

O que pouca gente sabe é que diversos estudos já associam o excesso de peso ao surgimento de problemas bucais, como a periodontite – uma inflamação nas gengivas, ossos e ligamentos que dão sustentação aos dentes.

Um deles, feito pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA), acompanhou 37 mil homens por 16 anos e percebeu que a obesidade estava associada a um aumento de 29% dos casos de problemas inflamatórios bucais. Segundo os cientistas, isso seria causado por substâncias inflamatórias produzidas nas células de gordura.

Outro estudo, realizado na Universidade Estadual de Nova York, também apontou que o excesso de peso está relacionado ao aparecimento da periodontite. Este, no entanto, apontou a resistência à insulina – condição muito frequente em diabéticos – como a culpada da história, pois ela pode levar à ocorrência de inflamações.

Uma pesquisa feita no Instituto Forsyth, em Boston (EUA), sugere a associação entre a obesidade e a presença, na boca, de uma bactéria chamada Selenomonas noxia. Publicada no Journal of Dental Research, ela avaliou 313 mulheres saudáveis com sobrepeso ou obesidade nível 1 – com circunferência de cintura entre 80 e 88 centímetros – e constatou a presença desse microorganismo em 90% das participantes. Os pesquisadores notaram ainda que a Selenomonas noxia é bastante comum em pacientes com periodontite, mas não chegaram a concluir se é ela que causa a obesidade ou se a própria obesidade que favorece o aparecimento da bactéria.

Culpa da imunidade
De acordo com a endocrinologista Priscila Cukier, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, pessoas obesas são mais suscetíveis a diversos problemas de saúde porque têm a imunidade mais baixa do que as de peso normal. “Isso acontece porque as células adiposas presentes nos tecidos viscerais levam à produção de citocinas, substâncias que causam processos inflamatórios. Com isso, ocorrem inflamações desordenadas e a produção de radicais livres”, explica.

Com as defesas do organismo reduzidas, os obesos têm mais tendência ao crescimento e ao desequilíbrio do biofilme oral – um conjunto de micro-organismos que naturalmente vivem dentro da boca. “Quando essa harmonia é afetada, surgem alterações, como a gengivite e a periodontite. Quando não são tratadas, elas podem evoluir e levar a problemas bastante sérios na boca, incluindo a perda dos dentes”, alerta a dentista Carmen Luiza Mourão, especialista em Periodontia da Clínica MultiOral, no Rio de Janeiro.

Mas não é só na boca que o estrago é feito. As toxinas bacterianas que decorrem da inflamação da gengiva podem entrar na corrente sanguínea e afetar outras partes do corpo, como coração, pulmão, rins e articulações, entre outras, causando doenças sistêmicas.
Caso o obeso tenha diabetes, o cuidado precisa ser dobrado. “Se a doença não estiver controlada, é bem possível que haja maior incidência de problemas bucais. No caso da periodontite, por exemplo, ela pode interferir no controle da glicemia, prejudicando o tratamento”, diz a especialista.

Mastigação afetada
Outros efeitos indesejados da obesidade são as disfunções mastigatórias e respiratórias. Segundo a estomatologista Carla Araújo, do Rio de Janeiro, pessoas acima do peso, em geral, têm o hábito de engolir alimentos em grandes porções, sem triturá-los com os dentes. A não-utilização correta deles e uma mastigação inadequada podem levar a problemas articulares na face.

“E, como muitas delas respiram pela boca, o oxigênio acaba não sendo aproveitado como deveria pelo organismo. Isso pode resultar em uma série de problemas de saúde”, afirma.

Higiene é fundamental
As mudanças nos hábitos alimentares também vêm sendo apontadas como causa de problemas bucais. Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos 30 anos os brasileiros vêm trocando o consumo de alimentos naturais, ricos em nutrientes e fibras, pelo de produtos industrializados, repletos de açúcares, gorduras e carboidratos. Isso não só resulta em aumento de peso, mas no aparecimento de cáries e infecções na boca.

“Por comerem mais e com maior frequência, os obesos tendem a deixar um pouco a higiene oral de lado. A má alimentação já pode afetar a imunidade, mas a causa também pode ser uma escovação ineficiente”, aponta a endocrinologista Priscila Cukier.

Para dar os primeiros passos na prevenção, é preciso caprichar na limpeza. “Na prática, significa limpar toda a superfície do dente com escova, fio ou fita dental e escova interdental. Um dentista pode dar instruções de como fazer isso sem causar danos aos tecidos e também não perder muito tempo nessa limpeza”, ressalta Carmen Mourão.

Essa rotina diária ajuda a evitar o surgimento da placa bacteriana, que causa inflamações na gengiva. “A higiene deve ser feita após cada refeição e essa recomendação é válida para tanto para quem já apresenta infecções bucais como para quem ainda não manifestou o problema”, sublinha a estomatologista Carla Araújo.

Se as infecções bucais já tiverem aparecido e estiverem em estágio avançado, é preciso fazer tratamento cirúrgico com acompanhamento de um periodontista. Pacientes obesos portadores de doenças crônicas que usam medicamentos continuados devem ir ao dentista de três em três meses para uma profilaxia mais adequada.

Qualidade de vida
Para evitar todas essas complicações, a melhor solução é emagrecer. “Uma perda de 5% a 10% do peso já faz uma boa diferença”, comenta Priscila Cukier. Para isso, é preciso adotar a reeducação alimentar, com o consumo de fibras, vitaminas (como a C e a D) e minerais. A ingestão adequada de líquidos também é recomendada, pois aumenta o trânsito intestinal e limpa o organismo. E, por fim, a prática regular de atividades físicas, que é comprovadamente uma grande aliada na batalha contra os ponteiros da balança.

FONTE: Odontomagazine apud Saúde IG

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Gomas de mascar sem açúcar podem corroer os dentes

Pessoas que têm o costume de mastigar chicletes sem açúcar após as refeições deverão repensar os hábitos POIS o açúcar é substituído por substâncias ácidas


Cientistas descobriram que a goma de mascar pode corroer os dentes. Equipes das universidades de Boston, Helsínquia e Nevada constataram que existe aromatizante ácido nos produtos sem açúcar. As informações são do Daily Mail.

Os pesquisadores disseram que um grupo suplente de álcoois de açúcar ou de polióis, incluindo xilitol e sorbitol, pode reduzir o risco de cárie. Mas, as substâncias aumentam a acidez da boca, que corrói o esmalte dental. Os elementos estão presentes, principalmente, nas gomas com aromas de frutas. O sorbitol e o xilitol, além de aumentarem a erosão dental, podem causar distúrbios gástricos e diarreia. Um porta-voz da empresa chicletes Wrigley disse que as pessoas só precisam se preocupar se consumirem grande quantidade das gomas.

FONTES: OdontomagazineSaúde Terra, Jornal do Site, Portal RCR, Mais Brasília, Portal do MS, Odontologia Atualizada,

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás

Conforme publicado por Luciane Costa na Comunidade "Odontologia Hospitalar" do Facebook, em 19.10.2011:

Encontram-se abertas, até o dia 17/11/2011, as inscrições para seleção de residentes para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. O Programa existe desde 2010 e é financiado pelos Ministérios da Educação e da Saúde: os residentes recebem, por dois anos, bolsa equivalente a da Residência Médica para dedicação exclusiva ao Programa durante 60 horas semanais (5760 horas totais). Para a Odontologia são ofertadas vagas nas áreas de concentração “Urgência e emergência” (uma vaga), Saúde Materno-Infantil (duas vagas) e Terapia Intensiva (duas vagas). Esse programa capacita efetivamente o cirurgião-dentista para atuação hospitalar com aprendizagem em serviço abrangente, multidisciplinar e responsável. Maiores informações neste link.

Redução de estômago aumenta problemas dentários

Pesquisadores encontraram mais cáries, bruxismo e compulsão por mastigar gelo entre pacientes
Os efeitos colaterais trazidos pela cirurgia de redução do estômago, chamada de bariátrica, começam a ser mapeados agora, após 10 anos de pacientes submetidos à técnica voltada aos obesos mórbidos.
O Grupo de Estudo da Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo detectou que a saúde bucal é afetada pela cirurgia. Houve aumento de cáries, bruxismo (ranger dos dentes durante à noite) e até compulsão por mastigar gelo, sintomas relatados por 80% dos 114 pacientes avaliados. São três as principais hipóteses para o surgimento desses problemas.
“Estes pacientes estudados foram aqueles que passaram pelas cirurgias mais agressivas, que comprometiam a absorção de vitaminas pelo organismo, um dos prováveis motivos para o enfraquecimento dos dentes”, afirma a cirurgiã dentista e autora do trabalho, Vera Kogler.

Bruxismo
Além disso, cita a especialista, a operação altera o ph e a acidez da região estomacal, que afeta também a boca e aumenta a sensação de secura, o que influenciaria a vontade de mastigar gelo e também o aparecimento de cáries.
Outra provável interferência é que o paciente operado precisa comer várias vezes ao dia e nem sempre faz a higiene correta após as pequenas refeições. “Tradicionalmente, os picos de cárie na população acontecem entre os 6 e os 17 anos. Mas percebemos que aqueles que fizeram bariátrica voltam a ter este problema”, completa Vera.
O Grupo de Obesidade do HC agora seleciona novos pacientes, submetidos às técnicas menos invasivas de bariátricas, para verificar se serão desencadeadosos os mesmos efeitos. Outra preocupação é que os idosos, que já têm a arcada dentária mais frágil, também passaram a figurar entre os pacientes submetidos às cirurgias de redução do estômago. “Temos que ter uma preocupação maior ainda com este público”, completa Vera Kloger.
Fonte: OPEN apud  IG Saúde

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Novas recomendações da AHA para RCP

Já havíamos discutido o tema em post de 23.10.2011. Mas o VÍDEO postado em 22.10. por Paulo Pimentel, do Blog Portal da Medicina Oral, é excelente. Divido com vocês!!! 

25 de outubro: dia do dentista

 No dia 25 de outubro comemoramos o dia do cirurgião-dentista. Essa data deveria representar, pelo menos para a nossa categoria, muito além de uma simples comemoração.

 

Nós, cirurgiões-dentistas, deveríamos realizar um momento de reflexão sobre como poderíamos contribuir para melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes, equipe, e família. Ser cirurgião-dentista é ir além do profissional que “tira a dor do dente”.

Ele pode ser o pesquisador que ajudará a descobrir um marcador sanguíneo que prediga um câncer bucal e, assim, realizar diagnósticos precoces e melhorar a expectativa de vida da população.

Ele pode ser o profissional de saúde que irá perceber que a senhora que está sentada em sua cadeira odontológica não faz um exame preventivo de câncer de colo do útero há 20 anos (sim, nós podemos ajudar na busca ativa de pacientes que fogem dos preventivos).

Ele pode ser a pessoa com quem uma criança consegue se abrir, por confiar demais na “tia” ou no “tio” que cuida dos seus dentes, e dar indicativos de que algo não vai bem em casa, de que sofre algum tipo de abuso ou de situação de maus-tratos, enfim, ele pode ajudar a reverter essa situação.

Ele pode ser o defensor do meio ambiente que ensina para sua equipe que desligar a água da cuspideira entre um atendimento e outro é uma boa saída para ajudar a diminuir o uso excessivo e irracional de água.

Ele pode ser alguém que vai deixar de lado a sua visão odontológica da vida e de tudo, lembrando que todo ser humano é muito mais que “uma boca que anda” e ouvindo o seu paciente ou colega de trabalho, confortando-o em um momento difícil.

Ele pode ser o aventureiro que desvenda o Brasil em cima de uma embarcação adaptada para levar um pouco de saúde para comunidades ribeirinhas do norte do nosso país.
Ele pode ser o ator social que ajuda a tirar crianças e adolescentes de situações de risco, ensinando aos pequenos um ofício, ou simplesmente apresentando para essas crianças um pouco de música, de teatro, de arte e de cinema.

Ele pode descobrir que aquele paciente idoso não vê a família há muitos anos e se dispor a escrever uma carta para seus parentes (esse idoso não sabe ler, mas conta histórias como ninguém!), levando e trazendo esperança e notícias de longe para alguém.

Cada um dos exemplos dados nesse texto foi tirado de uma lembrança de um colega cirurgião-dentista que entende que seu papel vai muito além da odontologia.

Sendo assim, só quero aproveitar para dizer que ser dentista é ser ético, ter postura, ser humano e ter consciência de que é um profissional da saúde, que deve ter o cuidado de agir de forma a tornar o seu mundo e de seu paciente um lugar melhor para se viver!

Viva a odontologia! Viva o cirurgião-dentista!


Dra. Danielle Palacio
Cirurgiã-Dentista. Interlocutora de Saúde Bucal do Instituto Israelita de Responsabilidade Social da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde Coletiva. Mestranda em Saúde Coletiva. Coordenadora do módulo de Saúde Bucal da Especialização em Saúde da Família e Comunidade do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Docente da Equipe Biológica.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Odontologia Intensiva


"Prezados Colegas,

Como todos estão informados, de 09 a 12/11/11, Porto Alegre estará sediando o XVI CBMI – Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva da AMIB.

Com o apoio do Dr. Ederlon, Dr. Gilberto Friedman, Dr. Fernando Dias e demais membros da Diretoria e das Comissões organizadoras, o Departamento de Odontologia da AMIB e da SOTIRGS, estarão organizando uma série de atividades para concluirmos as ações que iniciamos em Brasília e São Paulo. Vamos finalizar documento para a Diretoria da AMIB, e demais órgãos de governo da área da Educação e da Saúde, para a criação da área de atuação “Odontologia Intensiva”, no Brasil.

Para este período, estão sendo previstas as seguintes atividades, afora toda a programação científica do CBMI:
a) Dia 10/11/11 – quinta-feira (manhã e tarde):
§ Curso para Dentistas : BLS (Basic Life Suport) com certificado internacional.
Este curso será considerado requisito para o Cirurgião-Dentista atuar em Odontologia Intensiva pela AMIB.
* Reunião do Depto. de Odontologia da AMIB com seus Cirurgiões-Dentistas associados: estamos aguardando informações sobre a efet iva duração do curso BLS. Caso o número de inscritos, para a turma da manhã, ultrapasse a 12, deveremos realizar uma segunda turma à tarde.
b) Dia 11/11/11 – Sexta-feira (manhã e tarde)
§ Manhã: Oficina 01 - Assistência e Educação em Saúde ao paciente em leito hospitalar e em UTI;
§ Tarde : Oficina 02 - Viabilização da Saúde Bucal nas UTI´s.


c) Dia 12/11/11 - Sábado
§ Manhã: Simpósio de Odontologia : atividade da programação científica do CBMI"

Aprimoramento de Odontologia em Cardiologia

E-mail recebido da Samanta Pereira de Souza, em 24.10.2011
Oi pessoal! Estão abertas as inscrições para o concurso de Aprimoramento de Odontologia em Cardiologia no Instituto Dante Pazzanese (SP). O curso tem duração de 01 ano, 40h semanais, com bolsa do governo (R$790,00). Vale a pena conferir, a odontologia hospitalar está em destaque!!


Governo do Estado do Amazonas anuncia projeto para adaptar casas de pessoas com deficiência física

O governador do Amazonas, Omar Aziz, afirmou na manhã desta terça-feira, dia 18 de outubro, que vai lançar nos próximos 20 dias um projeto voltado às pessoas com necessidades especiais. Entre as ações principais do projeto, coordenado pela recém-criada Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), está a adaptação de residências onde morem pessoas com alguma necessidade especial.

Segundo o governador, cerca de 15% da população do Estado possui algum tipo de necessidade especial. “Determinei que temos que melhorar a qualidade de vida de crianças, jovens e das pessoas com algum tipo de deficiência que moram em condições sub-humanas”, disse o governador, que nesta segunda-feira esteve reunido com a Seped e outros órgãos parceiros no projeto – Secretarias  estaduais de Saúde (Susam), de Educação (Seduc), de Cultura (SEC) e de Assistência Social (Seas).

O projeto vai permitir a reforma e adaptação de ambientes, como quartos, banheiros, além da compra de equipamentos – camas, computadores e aparelhos para fisioterapia que possam ser usados em casa.  Segundo Omar Aziz, há uma determinação de governo para que os órgãos dêem transversalidade às suas ações e, assim, possam atender de forma mais adequada as pessoas vivendo com deficiência.

Outra meta do projeto é utilizar os espaços dos Centros de Educação de Tempo Integral (Cetis) para oferecer serviços de fisioterapia, atendimento médico e odontológico às pessoas com necessidades especiais. A ideia é que a partir das 16h, as estruturas dessas escolas, que possuem piscina, salas de dança, consultórios, entre outros, sejam ocupados com esta finalidade.

Segundo o governador, o projeto que inicia por Manaus, é voltado para as famílias carentes. “Se para quem tem condições já é difícil, imagine para um pai e uma mãe que não tem condições financeiras. Muitas vezes estas crianças ficam no fundo de uma rede sem as mínimas condições. Quero amenizar o sofrimento dessas pessoas”.

domingo, 23 de outubro de 2011

Hipertensão arterial: pitadas seguras de sal

NOTA DA COLUNISTA: o esquema abaixo, parte da reportagem, é extremamente didático para compreender o mecanismo da hipertensão arterial 

 



Estudo recente reacende a polêmica de até que ponto o sal faz mal à saúde

Reportagem da Revista Saúde é vital, de agosto de 2011, por Thais Manarini design Ana Paula Megda fotos Alex Silva. A matéria na íntegra está também neste link

Ainda que a dieta ideal para prevenir a hipertensão vá além da redução de sal, não tem jeito: é no condimento que a maioria das pessoas pensa quando se fala na doença que coloca o coração e outros órgãos vitais em risco. E a relação imediata é compreensível. Afinal, nos últimos tempos não faltaram estudos e alertas para reforçar o perigo que o sódio, componente mais famoso do tempero, representa para as artérias. Publicada recentemente na conceituada revista Journal of the American Medical Association, uma pesquisa belga atraiu todas as atenções justamente por ir na contramão afirmando que não há motivos para fazer campanha tão fervorosa contra o mineral.

De acordo com o trabalho, que acompanhou 3 681 voluntários de meia-idade por aproximadamente oito anos, além de não proteger contra o desenvolvimento da pressão alta, o baixo consumo de sódio ainda torna as pessoas mais suscetíveis a doenças cardiovasculares. Contrassenso, a constatação reacendeu o debate sobre a relação entre o uso do saleiro e as mazelas do coração. "Os indivíduos avaliados no estudo eram jovens, predominantemente brancos e sem sobrepeso. Por isso, é possível imaginar que os resultados valem para esse grupo, mas não para a população em geral", comenta Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Ora, já se sabe que negros, obesos e idosos são mais sensíveis ao consumo do sal."

Já para Frida Plavnik, nefrologista e conselheira da Sociedade Brasileira de Hipertensão, há outro ponto desfavorável à pesquisa: não dá para garantir que a coleta de urina para verificar o nível de sódio excretado pelos participantes foi feita adequadamente. "Essa não é a primeira vez que cientistas chegam à conclusão de que o sal não interfere no aumento da pressão. Mas os trabalhos que mostram o contrário são mais evidentes."

Apesar de concordar que a investigação belga tem pontos falhos, o cardiologista Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração, o Incor, em São Paulo, diz que ela é importante: "Isso porque mostra que em determinadas populações o sal não aumenta o risco de problemas cardiovasculares". O xis da questão — e aí fazem coro os especialistas — é que não dá para definir quem é mais sensível ou resistente aos seus efeitos sobre a pressão. "Por isso a recomendação da Organização Mundial da Saúde que prevê um consumo de até 5 gramas diários deve prevalecer", avisa Frida.
Para obedecê-la, não é preciso excluir o sal da dieta. Até porque fazer uma restrição total de sódio, de fato, pode trazer mais prejuízos do que vantagens. "Trata-se de um nutriente importante que participa de diversas funções no organismo, entre elas garantir o funcionamento adequado das membranas celulares e dos nervos", explica Camila Marcucci Gracia, nutricionista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. O excesso, ele sim, confirma Camila, é o vilão da história.

E, no quesito excesso de sal à mesa, infelizmente o brasileiro tem se destacado. A gente consome cerca de 12 gramas do condimento todo santo dia, ou seja, quase 2,5 vezes mais do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde, a OMS. Quando muito sódio passeia pelo corpo, um dos primeiros efeitos é a retenção de água e, de quebra, um aumento no volume de sangue circulante. As artérias não estão acostumadas a abrir passagem para tanto líquido. Eis por que a pressão exercida na parede dos vasos é intensa (veja o infográfico ao lado). Para piorar, o excesso de mineral também contribui para a constrição desses vasos, reduzindo seu espaço interno. "Com o tempo, a pressão alta pode danificar as artérias de órgãos vitais, como coração, cérebro e rins. Daí, cresce o risco de infarto, derrame e insuficiência renal crônica", explica o nutrólogo Paulo Henkin, da Associação Brasileira de Nutrologia, a Abran.

Para ter ideia de como a situação é séria, o cardiologista Carlos Alberto Machado calcula que, se passássemos a ingerir 5 gramas de sal, o equivalente a 2 gramas de sódio, conseguiríamos reduzir em 15% o número de mortes por derrame e em 10% as por infarto. Além disso, por volta de 1,5 milhão de pessoas ficariam livres de medicamentos para controlar o sobe e desce da pressão. E tem mais: os hipertensos ganhariam quatro anos na expectativa de vida.

Novos riscos para a Saúde
Se não bastassem os motivos para o peito, há outros que reforçam a necessidade de usar o sal com moderação. "Há evidências de que a ingestão exagerada de sódio pode causar pedras nos rins, piorar a resistência ao hormônio insulina, um fator de risco para o diabete do tipo 2, e também contribuir para o surgimento de problemas estomacais, como gastrite e úlcera", diz a nefrologista Frida Plavnik. Por falar em estômago, é válido lembrar que um estudo sul-coreano publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition mostrou que uma dieta salgada além da conta está relacionada a um aumento de 10% nos casos de câncer nesse órgão. A conclusão veio à tona após os pesquisadores levantarem dados sobre a alimentação e o estilo de vida de mais de 2 milhões de adultos e submetê-los a exames completos durante um ano. Os mecanismos para explicar esse elo ainda não foram esclarecidos, mas o recado é claro: melhor não abusar.

"Em tese não precisaríamos adicionar sal à comida, porque a quantidade de sódio encontrada naturalmente nos alimentos como frutas, verduras, legumes e carnes já é suficiente para cobrir as necessidades do corpo", conta Henkin. Mas, como nosso paladar está muito habituado ao condimento, o conselho dos especialistas é encarar a redução como um processo. "Não dá para diminuir o consumo em 50% do dia para a noite", reconhece Frida. Para dar o pontapé inicial, uma boa é recorrer à ponta dos dedos, a famosa pitada, para salgar as refeições, uma vez que o saleiro nos deixa mais propensos ao exagero. E atenção: faça isso só depois que o prato estiver pronto. "O ideal, especialmente para os hipertensos, é cozinhar tudo sem sal. Dessa forma, é possível controlar com precisão a quantidade usada durante o dia", ensina Luiz Aparecido Bortolotto, do Incor.

Optar por alternativas como alho, cebola, pimenta e alecrim é um caminho apontado pela nutricionista Camila Marcucci Gracia para satisfazer o paladar sem comprometer as artérias. Ela ressalta, no entanto, que não adianta apenas monitorar o pacote de sal: é preciso ficar de olho nos alimentos industrializados, sabidamente lotados de sódio. "Modere o consumo de bolachas, biscoitos, produtos congelados, embutidos e evite temperos prontos", orienta Camila. Assim, com pequenos ajustes, dá para blindar o corpo contra uma série de males sem perder o sabor e o prazer de cada garfada.

Resistentes versus sensíveis

Estudiosos das Universidades Case Western e Ken State, nos Estados Unidos, revelaram por que a sensibilidade ao sal varia de pessoa para pessoa. É que o tempero afeta a capacidade do sistema cardiovascular de equilibrar a pressão e a temperatura do corpo ao mesmo tempo. Nos sensíveis, a temperatura é controlada com eficiência, mas a pressão sobe. Já nos resistentes ocorre o oposto. "Provavelmente esses mecanismos são determinados geneticamente, sofrendo influência da idade e da composição corporal", diz o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Composto de menos sódio e mais potássio, o sal light é uma boa opção para quem não tem problemas renais e quer proteger as artérias. Só não vale abusar!

Excesso de iodo?
Para evitar o retardo mental entre as crianças e erradicar o bócio, foi publicada, em 1953, a primeira lei brasileira que estipulava a adição de iodo ao sal — hoje, são encontrados de 20 a 60 miligramas do nutriente a cada quilo do condimento. Mas, devido ao uso abusivo do saleiro, surgiu outra questão: o consumo excessivo de iodo e a maior incidência de uma doença autoimune chamada tireoidite de Hashimoto. Para driblar a encrenca, o governo federal defende um valor entre 15 e 45 miligramas. "Mas a medida pode prejudicar quem consegue maneirar no tempero, sobretudo quando o organismo precisa de maior aporte de iodo, como na gravidez", critica a endocrinologista Laura Ward, de São Paulo.

sábado, 22 de outubro de 2011

Ministério da Saúde lança campanha contra a Aids na sexta-feira 25


O foco serão as jovens entre 15 e 24 anos que vivem em famílias de baixa renda.



O cantor pernambucano Reginho, autor do sucesso “Minha mulher não deixa, não”, vai abrir a campanha de carnaval do Ministério da Saúde contra a Aids, que será lançada nesta sexta-feira (25). Segundo o ministro Alexandre Padilha, a maior preocupação do governo federal este ano são as jovens, entre15 e 24 anos, que vivem em famílias de baixa renda.


“O nosso foco é a mulher jovem. Já na formulação da campanha, nós fizemos um grande esforço de ouvir meninas, adolescentes, jovens, que expressaram para nós que não conhecem ninguém que teve Aids, ou ninguém que convive com HIV, ou seja, não conviveram com todo o esforço de enfrentamento na luta contra a Aids”, explicou o Ministro.


De acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, a campanha de carnaval vai ter duas fases. Antes da folia, o foco vai ser na importância do uso da camisinha e a sugestão de que cada folião já chegue na festa com seu preservativo no bolso. Depois do período da festa, o objetivo será estimular os foliões que tiveram relação desprotegida a fazer o teste HIV.


Para Alexandre Padilha o diagnóstico precoce é fundamental: “eu acredito que nós temos uma estabilidade da epidemia, mas ainda há um número importante de óbitos. Então, o diagnóstico precoce do HIV e AIDS é fundamental no tratamento. Diagnosticar a doença o mais cedo possível vai ser nossa grande prioridade ao longo desses quatro anos.”


A campanha de carnaval contra a Aids será lançada na quadra da escola de samba carioca Salgueiro. Durante o evento, o ministro da Saúde vai fazer o teste de Aids, cujo resultado sai em 15 minutos.

Fonte: Odontomagazine apud Portal da Saúde

Ministro da Saúde participa de encontro mundial sobre Aids

Estão reunidos em Nova York representantes dos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar avanços e obstáculos na resposta global à doença.

 

 O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta quinta-feira (9) da Reunião de Alto Nível sobre Aids, em Nova York. O encontro, que começou na quarta-feira (8), reuniu os representantes dos países-membros da ONU. Nessa semana, foram completados 30 anos da descoberta do vírus HIV. Na reunião, está sendo avaliada a resposta global à epidemia de aids, inclusive as propostas futuras para o enfrentamento da doença. 

 

O Ministério da Saúde do Brasil está presente em discussões sobre a incorporação de novas tecnologias, o enfrentamento da feminilização da doença e responsabilidade compartilhada na resposta global, entre outros temas, com a presença também do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Fonte: Odontomagazine apud Ministério da Saúde

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SUS adota testes rápidos para hepatites B e C

Diagnóstico precoce ajuda a evitar transmissão da doença e amplia eficácia do tratamento.

 O Sistema Único de Saúde passa a oferecer, a partir de agosto, testes rápidos para a detecção das hepatites B e C. Os exames, cujos resultados ficarão prontos em 30 minutos, terão investimentos de R$ 10,6 milhões do Ministério da Saúde para a aquisição de 3,6 milhões de testes.

Os testes serão oferecidos inicialmente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) das capitais do país, para depois serem estendidos às unidades básicas de saúde.

“Queremos acolher os pacientes o mais rapidamente possível. Com o diagnóstico precoce, podemos orientá-los para evitar a transmissão da doença e iniciar a oferta do tratamento adequado, garantindo melhor resposta do organismo e mais qualidade de vida”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A medida faz parte de uma série de mudanças em relação à ampliação do diagnóstico das hepatites adotada pelo Ministério da Saúde. Dentre elas, a aquisição de testes rápidos e exames de biologia molecular, como carga viral e genotipagem. Também está sendo expandida a rede de exames laboratoriais.

Os testes rápidos comprados pelo Ministério da Saúde são exames de triagem. Ou seja, o paciente que tiver o teste positivo para hepatite B ou C será encaminhado para a rede de saúde para ter seu diagnóstico concluído. Para a realização do teste é necessária apenas uma gota de sangue. Todos aqueles que passam pelo exame recebem aconselhamento antes e depois da testagem, do mesmo modo como no diagnóstico da infecção pelo HIV.

Avanços
Até o final de 2011, a rede de laboratórios que realizam os exames de biologia molecular para as hepatites B e C será ampliada de 16 para 38 unidades. O Ministério da Saúde vai, ainda, realizar a compra e distribuição de exames de carga viral e genotipagem (biologia molecular) para hepatite C.

Um grande benefício desse processo é a possibilidade da aquisição dos insumos por preço menor. Em média, o custo de um exame de biologia molecular varia entre R$ 80 e R$ 298. A redução de preço amplia a cobertura para um número maior de pessoas, que passam a ter acesso ao diagnóstico; possibilita o encaminhamento ao tratamento; e reduz o impacto econômico sobre o sistema de saúde. Essa nova estratégia representa, aproximadamente, 60 mil testes de biologia molecular e 15 mil testes de genotipagem para hepatite C, além de 38 mil testes de biologia molecular da hepatite B, com investimentos de R$ 13 milhões.

Novo protocolo
Na última segunda-feira (18), o Ministério da Saúde publicou portaria instituindo o novo protocolo de tratamento para a hepatite C. As novas regras preveem a ampliação do uso de interferon peguilado – mais confortável para o paciente que a apresentação convencional -, a dispensa de biópsia prévia para início do tratamento em alguns casos e a simplificação do processo para autorizar a prorrogação do tratamento.

Na prática, a medida permite mais agilidade para indicar o prolongamento de tratamento. O texto anterior, publicado em 2007, garantia a extensão do uso do interferon desde que houvesse aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Agora, o médico que acompanha o paciente já pode prescrever a continuidade do tratamento, de acordo com os critérios estabelecidos no documento.
 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ENQUETE: ATENÇÃO ODONTOLÓGICA NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DO BRASIL

REPASSANDO:

A AMIB - Associação de Medicina Intensiva Brasileira está realizando uma enquête, e gostaria de contar com todos, nos auxiliando a fundamentar a criação das diretrizes, perfil profissional e conteúdo programático para a capacitação dos cirurgiões-dentistas intensivistas brasileiros.

Contamos com sua colaboração divulgando e respondendo uma rápida enquête no link:


https://www.surveymonkey.com/s/C6RD2PF


Agradecemos sua participação!
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DO BRASIL - AMIB Survey
www.surveymonkey.com

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Xerostomia Relacionada ao Uso de Drogas Antihipertensivas em Pacientes Idosos


 Gonçalves, C.K.; Marquez, A.S.; Bichaco, T.R.; Navarro, P.V.P.O.;  Navarro, R.L.; Fernandes, K.B.P.

INTRODUÇÃO: Embora vários autores tenham sugerido que a redução do fluxo salivar seria uma consequência do processo de envelhecimento, há relatos de que a principal causa de xerostomia em pacientes idosos é a disfunção salivar relacionada ao uso de medicamentos (SUH et al., 2007). Várias classes de medicamentos podem causar xerostomia, principalmente os psicofármacos e medicamentos antihipertensivos (DOODS et al, 2000). A xerostomia pode desencadear sérias alterações bucais, tais como maior incidência de cárie, doença periodontal, candidose oral e perda de retenção de próteses (GUGGENHEIMER; MOORE, 2003). Desta forma, este estudo objetivou avaliar as propriedades salivares (pH salivar, fluxo salivar e capacidade tampão) de pacientes em comparação a pacientes controles. 

METODOLOGIA: Neste estudo comparativo e transversal, a população de estudo foi composta por dois grupos experimentais: grupo hipertenso (GH, n=42) e grupo controle (GC, n= 42), ambos sub-amostras do Estudo sobre Envelhecimento e Longevidade (Projeto EELO). Todas as coletas foram realizadas de manhã, com os pacientes em jejum (09:00 – 12:00 h) para evitar possíveis alterações no ritmo circadiano. Utilizou-se uma película de parafina (Parafilm) para coleta do fluxo salivar estimulado durante 5 min. Um potenciômetro foi usado para medir o pH salivar e capacidade tampão salivar. Para a determinação da capacidade tampão, a mesma amostra de 1,0mL permaneceu destampada e em repouso durante 10 minutos. Decorrido este tempo, a amostra foi titulada com 2mL de HCl 0,01N e a capacidade tampão foi medida após 20 minutos, seguindo a técnica descrita por Ericsson (1959). 

RESULTADOS: O Grupo hipertenso apresentou um fluxo salivar reduzido (Média: 0,69 ± 0,71 mL/min) quando comparado ao grupo controle (Média: 1,31 ± 0,10 mL/min), de acordo com o teste t não pareado (t= 4,79 e p=0,001). Além disso, a ocorrência de baixo fluxo salivar foi mais freqüente no grupo hipertenso (Qui Quadrado= 7,362 e p=0,006). Pode-se estimar que o grupo de pacientes hipertensos apresente um risco aumentado para a xerostomia de acordo com o teste de Odds ratio (OR= 7,65 e p=0,001). Por outro lado, não se observaram diferenças no pH salivar entre os grupos (Média do Grupo Hipertenso: 7,10 ± 0,05; Média do Grupo Controle: 7,07 ± 0,05), de acordo com o teste t não pareado (t= - 0,38 e p=0,70). A capacidade tampão do grupo hipertenso (Média: 5,37 ± 0,11) foi similar ao grupo controle (Média: 5,08 ± 0,13), de acordo com o teste t não pareado (t= - 1,62 e p=0,10). Além disso, a redução do fluxo salivar foi associada ao uso de diuréticos, segundo a Correlação de Spearman (rS= - 0,42 e p=0,006). 

CONCLUSÃO: Pode-se concluir que pacientes hipertensos, especialmente aqueles que utilizam diuréticos apresentam xerostomia. Desta forma, aponta-se para a necessidade de orientação sobre cuidados paliativos ou abordagens terapêuticas da xerostomia em pacientes hipertensos. 

Palavras-chave: Farmacologia, Idoso, Xerostomia.

Xerostomia após radioterapia: o que importa - dose total ou dose em cada parótida? resultados iniciais




Xerostomia after radiotherapy: what matters – mean total dose or dose to each parotid? Initial results


Painel bem interessante sobre o tema. Para acessar em tamanho maior e em PDF, CLIQUE AQUI.