Gonçalves, C.K.; Marquez, A.S.; Bichaco, T.R.; Navarro, P.V.P.O.; Navarro, R.L.; Fernandes, K.B.P.
INTRODUÇÃO: Embora vários autores tenham sugerido que a redução do fluxo salivar seria uma consequência do processo de envelhecimento, há relatos de que a principal causa de xerostomia em pacientes idosos é a disfunção salivar relacionada ao uso de medicamentos (SUH et al., 2007). Várias classes de medicamentos podem causar xerostomia, principalmente os psicofármacos e medicamentos antihipertensivos (DOODS et al, 2000). A xerostomia pode desencadear sérias alterações bucais, tais como maior incidência de cárie, doença periodontal, candidose oral e perda de retenção de próteses (GUGGENHEIMER; MOORE, 2003). Desta forma, este estudo objetivou avaliar as propriedades salivares (pH salivar, fluxo salivar e capacidade tampão) de pacientes em comparação a pacientes controles.
METODOLOGIA: Neste estudo comparativo e transversal, a população de estudo foi composta por dois grupos experimentais: grupo hipertenso (GH, n=42) e grupo controle (GC, n= 42), ambos sub-amostras do Estudo sobre Envelhecimento e Longevidade (Projeto EELO). Todas as coletas foram realizadas de manhã, com os pacientes em jejum (09:00 – 12:00 h) para evitar possíveis alterações no ritmo circadiano. Utilizou-se uma película de parafina (Parafilm) para coleta do fluxo salivar estimulado durante 5 min. Um potenciômetro foi usado para medir o pH salivar e capacidade tampão salivar. Para a determinação da capacidade tampão, a mesma amostra de 1,0mL permaneceu destampada e em repouso durante 10 minutos. Decorrido este tempo, a amostra foi titulada com 2mL de HCl 0,01N e a capacidade tampão foi medida após 20 minutos, seguindo a técnica descrita por Ericsson (1959).
RESULTADOS: O Grupo hipertenso apresentou um fluxo salivar reduzido (Média: 0,69 ± 0,71 mL/min) quando comparado ao grupo controle (Média: 1,31 ± 0,10 mL/min), de acordo com o teste t não pareado (t= 4,79 e p=0,001). Além disso, a ocorrência de baixo fluxo salivar foi mais freqüente no grupo hipertenso (Qui Quadrado= 7,362 e p=0,006). Pode-se estimar que o grupo de pacientes hipertensos apresente um risco aumentado para a xerostomia de acordo com o teste de Odds ratio (OR= 7,65 e p=0,001). Por outro lado, não se observaram diferenças no pH salivar entre os grupos (Média do Grupo Hipertenso: 7,10 ± 0,05; Média do Grupo Controle: 7,07 ± 0,05), de acordo com o teste t não pareado (t= - 0,38 e p=0,70). A capacidade tampão do grupo hipertenso (Média: 5,37 ± 0,11) foi similar ao grupo controle (Média: 5,08 ± 0,13), de acordo com o teste t não pareado (t= - 1,62 e p=0,10). Além disso, a redução do fluxo salivar foi associada ao uso de diuréticos, segundo a Correlação de Spearman (rS= - 0,42 e p=0,006).
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que pacientes hipertensos, especialmente aqueles que utilizam diuréticos apresentam xerostomia. Desta forma, aponta-se para a necessidade de orientação sobre cuidados paliativos ou abordagens terapêuticas da xerostomia em pacientes hipertensos.
Palavras-chave: Farmacologia, Idoso, Xerostomia.
METODOLOGIA: Neste estudo comparativo e transversal, a população de estudo foi composta por dois grupos experimentais: grupo hipertenso (GH, n=42) e grupo controle (GC, n= 42), ambos sub-amostras do Estudo sobre Envelhecimento e Longevidade (Projeto EELO). Todas as coletas foram realizadas de manhã, com os pacientes em jejum (09:00 – 12:00 h) para evitar possíveis alterações no ritmo circadiano. Utilizou-se uma película de parafina (Parafilm) para coleta do fluxo salivar estimulado durante 5 min. Um potenciômetro foi usado para medir o pH salivar e capacidade tampão salivar. Para a determinação da capacidade tampão, a mesma amostra de 1,0mL permaneceu destampada e em repouso durante 10 minutos. Decorrido este tempo, a amostra foi titulada com 2mL de HCl 0,01N e a capacidade tampão foi medida após 20 minutos, seguindo a técnica descrita por Ericsson (1959).
RESULTADOS: O Grupo hipertenso apresentou um fluxo salivar reduzido (Média: 0,69 ± 0,71 mL/min) quando comparado ao grupo controle (Média: 1,31 ± 0,10 mL/min), de acordo com o teste t não pareado (t= 4,79 e p=0,001). Além disso, a ocorrência de baixo fluxo salivar foi mais freqüente no grupo hipertenso (Qui Quadrado= 7,362 e p=0,006). Pode-se estimar que o grupo de pacientes hipertensos apresente um risco aumentado para a xerostomia de acordo com o teste de Odds ratio (OR= 7,65 e p=0,001). Por outro lado, não se observaram diferenças no pH salivar entre os grupos (Média do Grupo Hipertenso: 7,10 ± 0,05; Média do Grupo Controle: 7,07 ± 0,05), de acordo com o teste t não pareado (t= - 0,38 e p=0,70). A capacidade tampão do grupo hipertenso (Média: 5,37 ± 0,11) foi similar ao grupo controle (Média: 5,08 ± 0,13), de acordo com o teste t não pareado (t= - 1,62 e p=0,10). Além disso, a redução do fluxo salivar foi associada ao uso de diuréticos, segundo a Correlação de Spearman (rS= - 0,42 e p=0,006).
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que pacientes hipertensos, especialmente aqueles que utilizam diuréticos apresentam xerostomia. Desta forma, aponta-se para a necessidade de orientação sobre cuidados paliativos ou abordagens terapêuticas da xerostomia em pacientes hipertensos.
Palavras-chave: Farmacologia, Idoso, Xerostomia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário