O Prêmio SAÚDE! é promovido pela revista SAÚDE! É Vital da Editora Abril com o objetivo de valorizar, incentivar e divulgar campanhas de prevenção e educação, trabalhos clínicos ou da área cirúrgica e outras ações que tenham contribuído para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros.
Dê o seu voto e ajude a escolher os vencedores
Ao lado dos jurados do PRÊMIO SAÚDE, você também poderá votar em quem merece vencer. Clique em uma categoria e conheça os três finalistas. Então, aponte qual deles é o melhor, na sua opinião.
Você poderá votar em quantas categorias quiser, mas apenas uma vez em cada uma delas. Com esta atitude, você nos ajuda a apontar as melhores pesquisas e campanhas de prevenção realizadas no pais. Obrigado!
Na categoria Saúde Bucal: Podem ser inscritas pesquisas clínicas, campanhas educativas e outras ações que visem melhorar a saúde bucal brasileiros, ajudando a prevenir e a tratar não apenas os problemas dentários, as doenças periodontais e o câncer de boca em si, como a alertar a população sobre a importância de uma boca sadia para evitar uma série de males em todo o organismo.
Por uma água com menos flúor
Fábio Correia Sampaio, Consuelo de Souza e José Ferreira Lima Júnior [Foto: Daniel Nery]
Embora o flúor seja bem-vindo aos dentes por sua capacidade de prevenir cáries, o excesso do mineral faz o tiro sair pela culatra e põe toda proteção a perder. A sobrecarga, motivada por sua ingestão por meio de água excessivamente fluoretada ou pelo uso pasta dental para adultos, causa manchas esbranquiçadas nos dentes das crianças. Detalhe: mais do que um problema estético, esses pontos manchados são muito frágeis e quebradiços. Para resguardar o sorriso de garotos e garotas da Paraíba, estado no qual a fluorose (nome científico do problema) atinge até 70% da população infantil em algumas localidades, pesquisadores das Universidades Federal da Paraíba e Federal de Campina Grande estão de olho na água que corre debaixo do solo. É que nas regiões que sofrem de períodos recorrentes de seca, há uma dependência dos poços artesianos e, muitas vezes, suas águas alojam flúor em abundância.
Pensando em reverter essa ameaça à dentição da criançada paraibana, os especialistas fizeram uma avaliação do impacto da fluorose na população e, mais, aprimoraram uma tecnologia que, por meio de um filtro, elimina o excesso do mineral da água. Esse sistema, que não demanda altos custos, poderia ser moldado para uso em ambiente doméstico ou, então, para ser empregado nas estações de tratamento da água. Com isso, vai beneficiar milhares de meninos e meninas, que poderão sorrir sem manchas e com mais segurança.
Pensando em reverter essa ameaça à dentição da criançada paraibana, os especialistas fizeram uma avaliação do impacto da fluorose na população e, mais, aprimoraram uma tecnologia que, por meio de um filtro, elimina o excesso do mineral da água. Esse sistema, que não demanda altos custos, poderia ser moldado para uso em ambiente doméstico ou, então, para ser empregado nas estações de tratamento da água. Com isso, vai beneficiar milhares de meninos e meninas, que poderão sorrir sem manchas e com mais segurança.
Autores: Fábio Correia Sampaio, José Ferreira Lima Júnior, Maria Soraya Pereira Franco Adriano, Alexandre Pessoa Silva, Consuelo Fernanda Macedo de Souza
Instituições: Universidade Federal da Paraíba/Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Clínica e Odontologia Social, Universidade Federal de Campina Grande/Centro Formador de Professores/Campus Cajazeiras, Funasa João Pessoa, Prefeitura Municipal de São João do Rio do Peixe
Guia de saúde bucal para deficientes visuais
De pé, da esquerda para a direita, Taiane Neves, professora de informática; Teresinha Salgado, presidente do IPPB; Artur Paiva Neto, o autor do guia; Gorete Bezerra, professora da oficina pedagógica; e Edilene, auxiliar pedagógica. Sentados, os alunos Raiane Lima, Geovanio Carneiro e Jailton Araujo [Foto: Moreira Junior]
Aliar inclusão social à prevenção de doenças da cavidade bucal: eis a proposta de um trabalho comandado por dentistas do Instituto Psicopedagógico do Senhor do Bonfim, na Bahia, que resultou em uma cartilha de odontologia preventiva para deficientes visuais. Por meio de um livro em Braille, os indivíduos obtêm informações básicas sobre higiene bucal, dieta e ainda prevenção de problemas como o câncer de boca. Trata-se de uma forma de ensinar a forma correta de preservar a saúde dos dentes, da gengiva e ainda esclarecer a importância das sensações táteis para flagrar alterações que podem ser o início de um tumor, por exemplo.
Com esse guia em mãos, o deficiente visual está mais apto a ganhar uma saúde bucal de qualidade e autonomia, algo crucial para sua autoestima e inserção nos círculos sociais. A implantação do livro em instituições de educação e saúde na Bahia e no Sergipe despertou ainda uma maior preocupação com o bem-estar de todo o corpo. Um exemplo de como o acesso à informação pode mudar a conduta das pessoas.
Com esse guia em mãos, o deficiente visual está mais apto a ganhar uma saúde bucal de qualidade e autonomia, algo crucial para sua autoestima e inserção nos círculos sociais. A implantação do livro em instituições de educação e saúde na Bahia e no Sergipe despertou ainda uma maior preocupação com o bem-estar de todo o corpo. Um exemplo de como o acesso à informação pode mudar a conduta das pessoas.
Autor: Artur Fernandes de Paiva Neto
Instituição: IPPB - Instituto Psicopedagógico de Senhor do Bonfim
O laser que protege a boca quando se enfrenta um câncer
Carlos Gil Ferreira (de pé) e Héliton Spíndola [Foto: Paula Giolito]
Os tratamentos que combatem tumores de cabeça e pescoço, como químio e radioterapia, costumam cobrar o preço de infligir certos efeitos adversos. Um deles é a mucosite, uma inflamação da mucosa da boca, que, além de dor e desconforto, pode limitar a capacidade de se alimentar. Nessas circunstâncias, o paciente chega a perder peso e enfraquecer de tal maneira que acaba até sendo obrigado a parar o tratamento. Para conter esse fator limitante, a solução proposta por médicos, dentistas e enfermeiros ligados ao Instituto Nacional de Câncer, no Rio de Janeiro, é a aplicação do laser de baixa potência antes do início do esquema terapêutico contra o tumor. E aí é que está a diferença deste trabalho: empregar esse recurso não para sarar as lesões, mas para evitá-las.
Nesse modelo de prevenção da mucosite, os feixes de luz direcionados à boca reduzem o risco de o problema aparecer ali durante a químio ou a radioterapia. É uma forma de conservar a saúde bucal e garantir qualidade de vida ao paciente durante um período tão difícil por natureza — o que, por sinal, ajuda a aumentar as chances de derrotar o câncer.
Nesse modelo de prevenção da mucosite, os feixes de luz direcionados à boca reduzem o risco de o problema aparecer ali durante a químio ou a radioterapia. É uma forma de conservar a saúde bucal e garantir qualidade de vida ao paciente durante um período tão difícil por natureza — o que, por sinal, ajuda a aumentar as chances de derrotar o câncer.
Autores: Heliton Spindola Antunes, Daniel Herchenhorn, Isabele A. Small, Carlos Manoel Mendonça Araújo, Elida Cabral, Mariana Pereira Rampini, Tereza Giannini P da Silva, Elza Maria de Sá Ferreira, Nelson Teich, Fernando Luiz Dias, Carlos G. Ferreira
Instituição: Instituto Nacional de Câncer
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