quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Esclarecimentos sobre o Uso do RX Portátil

Hoje a Caroline Fernandes, da Comissão de Medicina Oral e Odontologia Hospitalar do Paraná, postou no Facebook o seguinte texto sobre uso de RX portátil:

O atendimento odontológico domiciliar já é reconhecido e aprovado no Brasil. Contudo, os pacientes que necessitam desse tipo de atendimento (acamados, institucionalizados ou com grandes dificuldades de locomoção), têm recebido um tratamento odontológico abaixo dos padrões de qualidade ideal, pois aos dentistas que fazem esse tipo de trabalho é vedado o uso de aparelhos de RX portátil.

O uso de aparelhos de radiografia odontológica portátil é permitido na odontologia domiciliar há vários anos nos EUA e alguns países da Europa. Acredito que o nosso conselho deva apoiar a causa em benefício aos pacientes e proteção legal dos profissionais. O caminho, a meu ver é, a princípio, liberar o uso de aparelhos importados já amplamente testados e aprovados, e posteriormente, regulamentar e aprovar aparelhos nacionais.

Listo abaixo dois importantes estudos, sendo que o primeiro deles foi o responsável pela liberação do uso do aparelho de RX portátil NOMAD (Aribex) no estado de Nova York (EUA). O vazamento de radiação, a radiação atrás do tubo, acima e abaixo da proteção de chumbo, bem como, nos dedos do operador, peito, olhos e gônadas foram medidas e os valores ficaram significativamente abaixo dos valores aceitos pelo FDA.




Eu atuo em Odontologia Portátil e não uso aparelhos de RX devido a proibição da ANVISA (Acesse aqui a portaria na íntegra).

Achei esse texto interessantíssimo, especialmente por ser baseado em dois artigos científicos de boa qualidade. Na verdade, nunca tinha lido nada sobre o tema e isso aguçou minha curiosidade: decidi pesquisar nas bases científicas o que mais havia sido publicado.

Além dos dois artigos citados acima (clique nos links para ler o abstract), encontrei mais três estudos que descrevo a seguir:

O de Danforth et al. (2009) comparou dados do estudo  com a dose máxima permitida de exposição ocupacional anual de radiação, para determinar o possível risco de exposição para um operador desprotegido que utilizasse este dispositivo. Os autores encontraram que os resultados estão bem abaixo dos limites de exposição estabelecidos e são compatíveis com os publicados pelo fabricante.

A pesquisa de Brooks et al. (2009) constatou que a qualidade da imagem de radiografias tiradas com o aparelho de raio X portátil e com o aparelho convencional fixado na parede foi semelhante em uma variedade de situações clínicas.

O estudo de Pittayapat et al. (2010) demonstrou a viabilidade dos três sistemas testados de raios X portáteis, verificando qualidade de imagem aceitável, precisão suficiente e higiene de radiação.

ALGUÉM CONHECE MAIS PUBLICAÇÕES SOBRE O TEMA?

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