Ação capacita gestores e profissionais para atuar no enfretamento das doenças crônicas não transmissíveis, que tem um forte impacto na gestão de saúde pública.
O Ministério da Saúde lançou o projeto “QualiDia – Educação em Saúde”, para capacitar profissionais de saúde no atendimento ao aos portadores de diabetes tipo 2 e permitir que ensinem seus pacientes no controle a doença por meio de alimentação adequada e medição diária da glicose. O objetivo é garantir a melhoria da qualidade de vida dos portadores. Hoje e amanhã, representantes dos estados e municípios escolhidos para a etapa inaugural da ação, além de técnicos do Ministério, participam da 1ª Oficina Nacional do QualiDia, em Brasília.
Ao todo, 10 municípios brasileiros foram selecionados (Ilha de Itamaracá-PE, São Lourenço da Mata-PE, Recife-PE, Rio Bonito-RJ, Silva Jardim-RJ, Anchieta-ES, Porto Alegre-RS, Florianópolis-SC, Tijuca-SC e Rio de Janeiro-RJ). Os participantes do encontro serão sensibilizados sobre o impacto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) na gestão da saúde no Brasil. O tema é uma preocupação mundial e está na pauta da Assembleia Geral de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá em setembro em Nova Iorque (EUA).
Segundo o diretor de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, o QualiDia ajudará a definir tecnologias de atendimento para prevenir o avanço de doenças. “Temos um modelo de atendimento tradicional e é preciso desenvolver novas técnicas para prevenção da diabetes. O importante é entender o tipo de atenção básica que precisamos oferecer para cada paciente. O QualiDia busca justamente trazer uma nova ferramenta de atuação focado no autocuidado, em que o próprio paciente terá mais autonomia para controlar a doença”, afirma.
O projeto foi elaborado para fortalecer e expandir as ações do SUS para educação em saúde para o autocuidado, mobilização comunitária, avaliação contínua e implementação da melhoria da gestão do cuidado em diabetes tipo 2. Para isso, profissionais de saúde serão capacitados para atender aos portadores de diabetes tipo 2 e ensiná-los a controlar a doença por meio de alimentação adequada e medição diária da glicose, visando garantir a melhoria da qualidade de vida dos portadores.
De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas – VIGITEL de 2009, realizada pelo Ministério da Saúde desde 2006, a prevalência de Diabetes autorreferida é de 5,8% na população adulta (igual ou maior de 18 anos).
Com duração de um ano, o QualiDia incentivará a cooperação técnica, o compartilhamento de experiências, mobilização comunitária, comprometimento na construção de planos de intervenções efetivos para o cuidado de diabetes, além de analisar os indicadores de internação, para ver se as ações desenvolvidas contribuíram para reduzir o número de internações.
A prevenção, o monitoramento e o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes mellitus, é uma das prioridades do governo brasileiro. Desde fevereiro, 12 tipos de medicamentos estão sendo distribuídos gratuitamente, para tratamento de diabetes, por meio do programa Saúde Não tem Preço.
O QualiDia está inserido no conjunto das ações e parcerias desenvolvidas no Ano da França no Brasil, e para sua execução foi celebrado um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Saúde e a Fundação Médica do Rio Grande do Sul. Outras informações no site: http://qualidia.dableo.com.br.
Fonte: Agência Saúde
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