sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Simpósio de Odontologia Hospitalar do 30º CIOSP

EXPO CENTER NORTE
DIA 30 DE JANEIRO, DAS 16 ÀS 19 HORAS

SUCESSOS E INSUCESSOS DOS TRANSPLANTES ÓSSEOS
EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL

Edevaldo Tadeu Camarini
SIP-007
Currículo
Professor Associado UEM - Universidade Estadual de Maringá.
Mestre em Estomatologia FOB – USP.
Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais - Unesp, Araçatuba.
Programa
Transplantes ósseos - uma alternativa viável. Seleção e manipulação dos tecidos transplantáveis. Controvérsias em indicações interferem no sucesso?

SITUAÇÃO ATUAL DA ODONTOLOGIA HOSPITALAR NO BRASIL

Paulo Affonso Pimentel Junior
SIP-007
Currículo
Mestre em Patologia Bucal – UFF.
Cirurgião-Dentista do Ministério da Saúde, lotado no HFSE-RJ.
Presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar e Medicina Oral do CRO-RJ.
Programa
A Odontologia clínica brasileira se vê diante de seu maior desafio, o de se organizar para disponibilizar um profissional qualificado e certificado por suas principais entidades para atuar efetivamente na alta complexidade, frente aos desafios do paciente com comprometimento sistêmico.
Para tanto, é preciso que os Conselhos Regionais e Federal de Odontologia, as entidades das especialidades, com participação direta no campo da Medicina Oral, os meios acadêmicos e os órgãos governamentais, especialmente o Ministério da Educação e Saúde, se organizem para a construção de um novo modelo profissional para a área.
A criação das Comissões de Medicina Oral e Odontologia Hospitalar ligadas aos Conselhos Regionais de Odontologia oferece um possível caminho em direção a esta estruturação e integração da classe. Sendo, ainda, o processo legal e melhor estruturado para ser apresentado às demais áreas da saúde e à sociedade.

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE PROFILAXIA ANTIBIÓTICA PARA
ENDOCARDITE BACTERIANA (AHA 2007)

Frederico Buhatem Medeiros
SIP-007
Currículo
Doutorando em Patologia Bucal – Fousp.
Diretor do Departamento de Odontologia da Sociedade Paulista de Cardiologia – Socesp.
Mestre em Semiologia - Diagnóstico Bucal.
Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial e Implantodontia.

PROTOCOLO DE EMERGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
PRECONIZADA PELA AHA (2010)

Lilia Timerman
SIP-007
Currículo
Especialista em Pacientes com Necessidades Especiais. Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Doutora em Ciências da Saúde pela FMUSP.
Programa
A apresentação versará sobre as diretrizes de emergências cardiovasculares e ressuscitação (Suporte Básico de Vida) da American Heart Association em Odontologia, publicada em 18/10/2010, baseado no novo curso de Suporte Básico de Vida da American Heart Association.
Moderadores:
Fábio Luiz Coracin
Paulo Sérgio da Silva Santos

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Exame da Coluna Vertevral


E-mail recebido do colega Luiz Henrique Ferreira, do COAT (Centro de Oclusão e Articulação Temporomandibular) da UNESP de São José dos Campos. Saudades dos meus tempo por lá...

"Tudo bem COAT ?

Como estão de férias?

Dá um tempinho e olha que legal.

 Abraço, 
 Luiz Henrique 

Clique neste link: 
Passem o mouse ao longo das 24 vértebras da coluna vertebral. Poderão ver uma demonstração de como a nossa coluna vertebral afeta todo o nosso corpo e organismo. Movam o mouse sôbre os ossos das Costas e poderão vêr as áreas do corpo que são afetadas."

Criação da Comissão de MOOH do CRO-AM e Encontro das Comissões de MOOH no CIOSP 2012

E-mail recebido do colega Paulo Pimentel, da Comissão de MOOH do CRO-RJ
Prezados Colegas,
Com a notícia da criação da Comissão de Medicina Oral e Odontologia Hospitalar do Estado do Amazonas, existem agora 13 comissões oficiais.
Segue no anexo o quadro atualizado dos membros oficiais conforme as notícias que tenho recebido. É possível que existam erros ou omissões, se houverem me corrijam, por favor.Estão presentes no anexo também as Comissões que estão em processo de criação, no total de 6. Nos 8 estados restantes não tenho notícias de criação das comissões.
Gostaria de fazer uma sugestão para que tentemos nos encontrar no próximo CIOSP. Estarei presente de sábado, 28, até terça feira, 31. Não há uma agenda oficial para esta reunião, mas é possível que encontremos algum espaço durante o evento ou mesmo em um jantar.
Haverá um Simpósio de Odontologia Hospitalar, coordenado pelo grupo de São Paulo, na segunda feira, dia 30, na parte da tarde, no qual também estarei palestrando. Será uma ótima oportunidade para conversarmos sobre os rumos da área em nosso país.
Atenciosamente,Paulo Pimentel

domingo, 22 de janeiro de 2012

III Reunião da Sociedade Brasileira de Disfunções Temporomandibulares e Dor Orofacial

Reynaldo

Postado pelo colega Reynaldo M. Leite Jr. em 20.01.2012, 13:50

 Caros Colegas:
 Durante o Congresso Internacional de São Paulo (CIOSP), acontecerá a terceira reunião de especialistas em Disfunção Têmporo-Mandibular  e Dor Orofacial, com o intuito de discutir a fundação da Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF). A comissão organizadora desta reunião através de sugestões enviadas previamente por colegas, redigiu uma prosposta de estatuto para ser analisada e submetida a aprovação. Esta proposta pode ser acessada no website www.sbdof.com 
Aos interessados, solicitamos que leiam com atenção e, caso desejem, submetam comentários  através do email reuniaodtm@gmail.com até o dia 27 de janeiro de 2012. 
Outras informações serão divulgadas aqui, pelas contas do Twitter www.twitter.com/SBDOF,   https://www.facebook.com/profile.php?id=100003329996959 e através de outros meios disponíveis por cada membro da comissão organizadora. 
Contamos com sua participação!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Artigo publicado sobre as atitudes do ortodontista frente a um relato de caso de cefaleia

 IMPORTANTE DISCUTIRMOS: um erro de diagnóstico pode ser prejudicial e, inclusive, chgar a ser fatal!
 Artigo publicado:"Attitudes of a group of Brazilian orthodontists towards the diagnosis and management of primary headache (migraine): an electronic-based survey"


Postado por Reynaldo Leite Martins Júnior em 16 janeiro 2012
 

Caros colegas: neste mês foi publicado no JAOS-Journal of Apllied Oral Science, um artigo de minha autoria, juntamente com outros colegas (Juliana Stuginsky Barbosa ,Doutoranda da USP-Bauru e editora do Blog "Por Dentro da Dor Orofacial" e Florence de Carvalho Kerber). 

Nosso intuito foi testar uma impressão clínica: é frequente o especialista em DTM e Dor Orofacial receber em seu consultório pacientes com as mais variadas fontes de dor, e tratados da única forma que o profissional conhece, sem que haja um cuidado com o fundamental: o diagnóstico. (As vezes isso pode ter resultados graves, como descrevi aqui).

 Assim, independente da correta identificação da fonte de dor, poderia haver um viés importante: ortodontistas tratam com dispositivos ortodônticos, ortopedistas funcionais com sua aparotologia característica,  protesistas através de desgastes oclusais e placas estabilizadoras, cirurgiões através de artrocentese, reposicionamento do disco, etc...muitas vezes (repito) independente do que esteja causando os sintomas do paciente (?). 

Desenvolvemos nosso trabalho da seguinte maneira: construímos uma Home Page e nela colocamos a descrição fictícia de uma paciente com absolutamente todas as características de "migrânea sem aura" ( a popular enxaqueca) prevista na Classificação Internacional de Cefaléias. Adicionamos uma "mordida cruzada e mordida profunda" como padrão oclusal da paciente, e fizemos duas perguntas:1) Qual a sua conduta para tratar a queixa de dor desta paciente....e: 2) A sua resposta acima foi baseada no seu aprendizado no seu curso de pós-graduação? 

Em seguida, enviamos mais de 1200 emails ao membros da ABOR ( Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial) convidando-os a ler o caso e responder as questões.

 Infelizmente as respostas confirmaram a impressão clínica: a maioria dos colegas especialistas que responderam, conduziria (hipoteticamente) o caso de maneira inadequada, ou seja, corrigindo a oclusão da paciente através da combinação de procedimentos ortodônticos e cirúrgicos (!), com o objetivo de tratar a dor da migrânea. 

Obviamente, houve uma parcela dos participantes que diagnosticou corretamente a migrânea, e encaminharia a paciente prontamente para tratamento com médico cefaliatra. O mais preocupante nos nossos resultados, foi o achado que a maioria dos que conduziriam o caso de maneira inadequada declararam que o fariam com base no que aprenderam no curso de especialização; a maioria dos que conduziriam o caso de forma adequada declararam que o fariam com base no que aprenderam fora do curso de especialização. Ou seja: o problema, lamentavelmente, pode estar na formação do Ortodontista. 

Particularmente na minha Cidade (Cuiabá) sou frequentemente convidado para ministrar um módulo em cursos de Especialização em Ortodontia, com o assunto "DTM e Dor Orofacial", para esclarecer os equívocos nesta área, (por exemplo, no Sinodonto-MT, EAPE, Escola de Odontologia...). Vários outros colegas professores nesta área também o fazem em cursos das suas respectivas regiões. Fica a dica aos colegas que ministram cursos de Ortodontia, no sentido de convidarem os professores de DTM e Dor Orofacial da sua região para uma aula no seu curso. As vantagens são inúmeras, principalmente a de conhecer um pouco mais as particularidades da nossa especialidade, que, acredite, é MUITO diferente da Ortodontia. O artigo na íntegra, no formato  pdf, pode ser baixado clicando aqui. Esteja a vontade para opinar sobre o assunto.




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Controle de Microorganismos, Doenças Sistemáticas e a Cavidade Bucal

FONTE: ODOMED
O controle de microorganismos é um dos campos mais ativos da atual pesquisa na área farmacológica. Essa é uma fronteira que demanda extremo cuidado. Ao longo de nossa história, parte significante de nossa moderna civilização foi destruída pelo ataque descontrolado de microorganismos.


Novas ameaças estão surgindo dia a dia. A indústria de quimioterapia antimicrobiana está em constante alerta, principalmente devido à rápida capacidade de evolução e diversidade de patógenos encontrados. O aparecimento de uma grande variedade de patógenos resistentes aos agentes químicos e a descoberta de novas fontes de contaminação, faz com que haja um grande aumento da morbidade de infecções que eram facilmente tratadas no passado. Apesar de nossa grande capacidade tecnológica, certos microorganismos parecem ser mais capazes e podem estar instalados em áreas do organismo que não possuíam atenção necessária, quando avaliada as causas de focos de infecção. Certos tipos de enfermidades e problemas decorrentes de infecções adquiridas em hospitais são foco de preocupação constante, pois além de interferir na recuperação de seus pacientes, impacta definitivamente no custo assistencial destas instituições. Muitas doenças provenientes de infecções secundárias, adquiridas por pacientes extremamente debilitados e em recuperação, não podem mais ser controladas com os tradicionais antibióticos e, em muitos casos, pacientes estão indo a óbito. Todos sabem que precisamos de urgentes alternativas para controle microbiológico. É nesse âmbito que modernas técnicas e estudos estão sendo desenvolvidos para inibir e controlar a ação destes microorganismos.

Vários estudos demonstram que a cavidade bucal é um dos grandes focos de microorganismos que podem causar sérios problemas sistêmicos e infecções secundárias.

Atualmente tem se dado atenção especial a focos infecciosos bucais presentes em pacientes que necessitam de intervenções complexas (transplante de medula) e na recuperação dos mesmos em tratamentos que necessitam de cuidados especiais no controle de microorganismos patogênicos. Porém ainda existe uma visão equivocada, que apenas a observação de focos relacionados a carie e a doença periodontal são suficientes no combate a estes focos.

Existe um grave problema da cavidade oral, que é uma grande fonte de microorganismos patogênicos, que através de sua ação direta ou de suas toxinas, podem causar sérios problemas sistêmicos aos pacientes que serão tratados ou em recuperação. È o caso da saburra lingual.

Pesquisas mostram que cerca de no mínimo 40% da população apresenta hiposalivação (redução do fluxo salivar) com a possibilidade de deposição de bactérias patogênicas no dorso lingual, que pode ser facilmente observada pela presença de uma placa bacteriana lingual ou saburra. Na população adulta com idade superior a 50 anos a hiposalivação e suas conseqüências pode chegar a 85%.  Em pacientes em tratamento quimio e/ou radioterápico passa a ser 100%.

Evitar a saburra e suas conseqüências envolve, entre outras coisas, a limpeza da língua. Quando falamos em limpeza da língua estamos falando de problemas ainda muito mais abrangentes e importantes do ponto de vista de saúde pública. Um simples procedimento deste estará prevenindo não somente cárie, doença periodontal e halitose. O limpar a língua previne uma série de doenças sistêmicas cuja porta de entrada é a boca. E o que é mais importante: é uma ação de baixo custo.

Pacientes quimio e radio terapeutizados, pela drástica redução do fluxo salivar também ocorre um ressecamento da mucosa que pelo atrito provoca mucosites e ulcerações com ardência em várias regiões da cavidade bucal que dificulta e impede a limpeza mec6anica da língua e prejudica a alimentação provocando emagrecimento e perda de resistência do hospedeiro às infecções. Outro fator importante quando ocorre baixa salivação é a perda ou alteração do paladar que também contribui para a perda de vontade de se alimentar.

Pela baixa ou quase nenhuma salivação vai ocorrer uma redução da autolimpeza com aumento da proliferação bacteriana na boca. Além disso, a saliva que é composta por vários fatores antimicrobianos (atualmente mais de 15 fatores antimicrobianos bem conhecidos) sofre uma redução drástica da quantidade desses fatores, bem como da qualidade de sua capacidade de ação. As moléculas com atividade antibacteriana ficam envolvidas pela mucina (agora em maior concentração) e praticamente deixam de realizar o seu papel. A primeira observação deste fato foi em relação à ação da lisozima na presença de alta concentração de mucina.

Daí a importância da impossibilidade da limpeza da língua para a remoção dessa massa bacteriana que varia em espessura, extensão e viscosidade. É claro que a limpeza da língua remove 90% ou mais das bactérias e de seus nutrientes, mas elas vão continuar proliferando e novamente atingem a situação anterior.

Por conta disso torna-se importante o uso de um enxaguante com atividade antibacteriana natural, impedindo a proliferação e o aumento da massa de microroganimos sobre a língua. Importante também que o enxaguante tenha uma ação potente, mas natural, não deixando resíduos na boca após o seu tempo de atividade.

A placa bacteriana que se instala sobre o dorso da língua pode albergar microorganismos que, quando atingem concentrações altas, irão produzir cárie, doença periodontal e doenças sistêmicas (porque da língua migram para, respectivamente, o dente, o sulco gengival, as amígdalas, o estômago, os pulmões, etc.). Na saburra, reservatório de microorganismos patogênicos do tipo anaeróbios proteolíticos gram negativos, também costuma se instalar os conhecidos como BANA positivos (Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola e Bacteróides forsythus) os quais podem cair na corrente circulatória (eles próprios ou suas endotoxinas) quando houver algum sangramento gengival. Por esse motivo os pacientes portadores de saburra estão mais susceptíveis a:
  • Doenças Bucais: Cárie; Doença Periodontal; Halitose; Xerostomia.
  • Doenças Sistêmicas: Amigdalites Freqüentes; Pneumonias; Gastrite; Ataque Cardíaco; Acidente Vascular Cerebral; Nascimento de Crianças Prematuras; Nati Mortos; Abortos e Artrite Reacional.
Existe uma correlação positiva entre periodonto saudável e saúde sistêmica, da mesma forma que existe uma correlação entre saburra lingual e doença periodontal. Podemos encontrar pacientes com saburra sem doença periodontal, mas jamais paciente com doença periodontal e sem saburra.

Por todos os motivos acima expostos, é lógico que manter a superfície da língua o mais limpa possível é uma forma de reduzir drasticamente a contagem de microorganismos patogênicos na cavidade bucal e, portanto, prevenir o aparecimento das doenças acima mencionadas.

Estas afirmações, que podem parecer um exagero, se acham fartamente documentadas em trabalhos científicos sérios e podem ser facilmente compreendidas quando analisamos que a placa bacteriana instalada no dorso da língua é formada por microorganismos altamente patogênicos em função das toxinas que produzem. Isto posto, podemos avaliar o quanto se economizaria em termos financeiros e de sofrimento para os pacientes e familiares ao prevenir e/ou controlar a presença da placa bacteriana lingual e suas conseqüências.

Bibliografia
BECK, J. D. et al. – Periodontal disease and cardiovascular disease. J. Periodontol., 67: 1123-1137, 1996.
BOUFFARD, C. – Heart disease: Established and emerging risk factors. Acess, 12 (3): 23-30, 1998.
Kleinberg, I. and Westbay, G. – Salivary and metabolic factors involved in oral malodor formation. J. Periodontol., v.63, p.768-775, 1992.
MC NAMARA, T. F. et al. - The role of microorganisms in the production of oral  malodor. Oral Surg. Oral Med., Oral Pathol., 34: 41-48, 1972.
MILLMAN, C. – The route of all evil. Men’s Health, 102, dec., 1999.
RALPH, W. J. – Hygiene of the tongue. Gerodontics, 3: 169-170, 1987.
SEEMANN, R. et al. – Effectiveness of mechanical tongue cleaning on oral levels of volatile sulfur compounds. J. A. D. A., 132: 1263-1267, 2001.
TOGASHI, A. Y. et al. - Levantamento Epidemiológico do Fluxo Salivar da População da Cidade de Bauru, na Faixa Etária de 3 a 90 anos. Revista da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB – USP), v. 6, n. 2, p. 47-52, abr. / jun., 1998.
STINSON, 2000; Position Paper of the American Academy of Periodontology: Periodontal disease as a potential risk factor for systemic diseases, 1998.
VASILAKIS, G. J.  et al. – Effects of daily mechanical tongue cleaning of the rat on dental plaque and tongue mucosa. Clinical Preventive Dentistry, 3: (5), 710, 1981.
YAEGAKI, K. and SANADA, K. – Biochemical and clinical factors influencing oral malodor in periodontal patients. J. Periodontol., 63: 783-789, 1992.

Doenças Importantes Podem Estar por Trás do Mau Hálito

Além de desagradável sob todos os aspectos – por causar prejuízos à autoestima e nas relações interpessoais – o mau hálito pode ser sinal de que algo anda errado com o organismo.
O alerta é da ABHA (Associação Brasileira de Halitose). “Várias alterações podem causar a halitose (mau hálito), como o jejum prolongado, as dietas para emagrecimento e também os problemas de saúde importantes, como diabetes, intolerância a lactose e outras situações ainda mais graves, como o câncer, as doenças autoimunes, distúrbios renais e hepáticos, dentre outros”, enfatiza o dentista Marcos Moura, presidente da ABHA.
 Por isso, é importante avisar quem está com mau hálito, para que a pessoa possa acompanhar de perto sua saúde, buscando diagnóstico precoce e tratamento adequado, de modo a evitar que certas condições piorem.

A associação mantém em seu site várias informações sobre o tema, indicações de cirurgiões dentistas de todo o Brasil habilitados para tratar de halitose, além do serviço gratuito SOS Mau Hálito – que encaminha e-mail ou carta de forma anônima, para avisar quem está com mau hálito sobre o problema, mantendo em sigilo a identidade da pessoa que solicitou o alerta.

De acordo com a ABHA, quem tem mau hálito muitas vezes não percebe a alteração, pois, quando ficamos expostos a um mesmo cheiro por algum tempo, ocorre um fenômeno fisiológico denominado a fadiga olfatória, ou seja, o nariz acostuma-se com o odor e deixa de notá-lo. Daí a importância de aviso vir de uma segunda pessoa ou de um serviço como o SOS.
Segundo a associação, o cirurgião-dentista deveria ser primeiro profissional a ser consultado nos casos hálito alterado pois, cerca de 90% de suas causas estão na boca, de acordo com várias pesquisas. “A higiene inadequada dos dentes contribui para o problema mas, diferente do que muitos pensam, não é o principal vilão. Há outras alterações na boca que, apesar de frequentemente não serem avaliadas pela maioria dos profissionais, induzem à formação do mau hálito, como a descamação da mucosa bucal, o acúmulo de saburra lingual, a presença de cáseos nas amígdalas e as alterações salivares, neste caso, saliva viscosa ou em pequena quantidade, que pode trazer a sensação de boca seca”, explica a dentista Maria Cecília Aguiar, vice-presidente da ABHA.

Cerca de 30% da população brasileira é acometida ocasionalmente ou de forma crônica pelo mau hálito, ou seja, aproximadamente 57 milhões de pessoas. “Felizmente, apenas uma pequena parcela desse contingente tem um problema de saúde mais grave por trás do mau hálito, mas é sempre importante averiguar”, enfatiza Marcos Moura.

Além disso, conforme Maria Cecília Aguiar, especialista também em Odontogeriatria, à medida que envelhecem, as pessoas vão ficando mais suscetíveis ao mau hálito: estudos apontam que a incidência de halitose na população brasileira é de 17% na faixa etária de zero a 12 anos, 41% de 12 a 65 anos, e 71% acima dos 65 anos de idade, devido a redução da função das glândulas salivares, causada principalmente pelo uso continuado de uma grande quantidade de medicamentos que reduzem a salivação e pelo hábito comum nessa faixa etária de baixa ingestão de líquidos. Vale lembrar que os líquidos são a matéria-prima principal para a formação de saliva de boa quantidade e qualidade e esta, por sua vez, para a manutenção de um hálito agradável.

Fonte: Odonto Magazine, Snifdoctor, Odontobase, Plenamulher, Gengiva Sadia (de 19.01.2012)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Má Qualidade do Sono X Diabetes

Estudo recente relaciona má qualidade de sono e dificuldade de controle glicêmico em crianças diabéticas.

A pesquisa foi publicada no principal periódico que trata de Medicina do Sono nos Estados Unidos, a revista Sleep. Os pesquisadores acompanharam 50 crianças portadoras de diabetes do tipo 1 e observaram que os indivíduos com problemas de sono, principalemte apnéia do sono, tiveram maior dificuldade de controlar a glicemia.

A apnéia do sono, assim como outros distúrbios do sono são conhecidos por determinar diversas alterações metabólicas no organismo e seu tratamento não deve ser negligenciado.
Confira mais informações sobre esse estudo em particular aqui.

FONTE: SOMED 



OBS: Outras fontes trazem evidências semelhantes: SAÚDE, Sociedade Brasileira de Diabetes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

I Congresso de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da UERN

 
Repassando notícia sobre congresso que recebi, aqui do Rio Grande do Norte. Maiores informações, no site do evento:
 
Prezados colegas,
               Nos dias 09 e 10 de março de 2012, nos encontraremos em Caicó (RN) para o I Congresso de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial da UERN.
              O congresso contará com quatro mesas de discussões em diferentes temas da especialidade CTBMF (Traumatologia, Patologia, Implantodontia e Cirurgia Ortognática), com simposiastas de diferentes escolas e diferentes formações. As discussões têm o objetivo de promover a troca de experiências entre profissionais, graduandos e pós-graduandos, com atualização dos conceitos científicos, táticas e técnicas cirúrgicas.
              Os graduandos poderão ainda, apresentar casos clínicos, série de casos e projetos de pesquisas, na categoria TEMA LIVRE. O trabalho com a melhor avaliação receberá da organização do evento um prêmio incentivo, bem como certificado de honra ao mérito.
Até breve!
Hécio Morais

30° CIOSP debate a Odontologia Hospitalar

 
O tema Odontologia Hospitalar – ou, ainda, Medicina Oral – tem sido revisto com lentes de aumento em anos mais recentes por órgãos representativos, como o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação (MEC), pelos Conselhos Regionais de Odontologia (CROs) e pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) – além de entidades representativas das especialidades odontológicas e associações interessadas no tema. Mas, qual é a situação da Odontologia Hospitalar no Brasil? O assunto será amplamente debatido durante o 30° Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), que acontece entre os dias 28 e 31 de janeiro no Expo Center Norte (SP).

Na opinião do cirurgião-dentista Paulo Affonso Pimentel Júnior, a colaboração do profissional de Odontologia na recuperação do paciente internado em uma unidade hospitalar abrange desde a motivação para uma adequada higiene bucal e procedimentos de descontaminação oral no leito, até o atendimento de eventuais urgências odontológicas. “Quadros como sangramento e inflamação gengival, halitose e outros problemas comuns nos consultórios podem ser amplificados quando o paciente está internado numa UTI, por exemplo. Além de cumprir uma rotina individualizada de higiene bucal, o paciente deve receber acompanhamento especializado para controlar possíveis quadros sistêmicos associados à contaminação oral direta, como a pneumonia associada à ventilação mecânica, ou indireta, como a alteração do metabolismo geral em função do aumento de fatores inflamatórios sistêmicos causados por uma inflamação crônica na boca”, diz Pimentel.

Mas, apesar de desempenhar papel fundamental na recuperação do paciente internado e na prevenção do agravamento de inúmeros quadros, o número de cirurgiões-dentistas especializados em Odontologia Hospitalar ainda é reduzido. Além disso, as residências ainda não estão padronizadas e disponíveis em todo o país. No Brasil, ainda não há uma capacitação específica reconhecida pelas entidades representativas da Odontologia. Entretanto, existem diferentes modelos de residências em Odontologia Hospitalar já em andamento, reconhecidos pelo MEC e pelo Ministério da Saúde, que seriam a forma ideal de capacitação para essa área em função da grande responsabilidade que ela representa e da enorme gama de conhecimentos necessários.

“Existem, atualmente, dois formatos de residência para a Odontologia Hospitalar: o modelo específico e o multiprofissional. No primeiro, o foco são os cuidados bucais em protocolos com outros segmentos médicos; no segundo, o foco é um problema sistêmico em que também há necessidade de cuidados bucais associados. O modelo específico pode apresentar mais vantagens que o multiprofissional, já que permite a vivência em maior número de setores e serviços hospitalares”, diz o especialista.

Pela dificuldade de criação das residências em todos os estados, os Conselhos Regionais de Odontologia têm criado comissões de Odontologia Hospitalar e Medicina Oral com o objetivo de auxiliar na formatação de uma habilitação para a área e suprir a grande demanda atual.

Pimentel afirma que o cirurgião-dentista habilitado em Odontologia Hospitalar deve possuir profundo conhecimento médico para atuar bem no ambiente hospitalar. O profissional interessado deve saber que é necessário adquirir determinados conteúdos de aplicação prática que a maioria das faculdades de Odontologia ainda não oferece, como farmacologia clínica, clínica médica e semiologia. Também é importante se familiarizar com o jargão hospitalar, a fim de poder ler e escrever em prontuários, atuar em centros cirúrgicos, enfermarias e unidades de terapia intensiva através de protocolos específicos.

“Outro ponto importante é o conhecimento integrado dos fundamentos de diversas especialidades e habilitações odontológicas já reconhecidas, como estomatologia, atendimento a pacientes com necessidades especiais, dor orofacial, periodontia, endodontia, odontopediatria, cirurgia bucomaxilofacial, odontogeriatria, laserterapia e analgesia inalatória, entre outras”, diz o especialista.

Situação dos departamentos de Odontologia das entidades médicas
Atualmente, certas entidades médicas abrigam departamentos de Odontologia que têm sido bastante atuantes no estabelecimento de parcerias entre médicos e cirurgiões-dentistas, estando, ainda, empenhados na tentativa de certificação da atuação Odontológica no ambiente hospitalar.

A abertura das entidades médicas para a interdisciplinaridade é elogiável, mas, apesar de contribuir para a construção de um novo modelo de Odontologia focada nos protocolos conjuntos, a criação de certificações da atuação odontológica dentro das entidades médicas pode, na opinião de Paulo Pimentel, gerar conflitos com a entidade reguladora da profissão e que possui o legítimo direito de certificação – o Conselho Federal de Odontologia.

Para o especialista, que vai aprofundar o debate durante o 30° CIOSP, um outro problema criado pela autocertificação nesses departamentos é que na maioria das especialidades médicas existe a necessidade de atuação integrada com os cirurgiões-dentistas. Isso tornaria complicada a atuação hospitalar, já que exigiria que diversos cirurgiões-dentistas se ocupassem de um paciente com múltiplas morbidades.

As entidades acadêmicas da Odontologia também têm interesse no tema, e englobam as faculdades de Odontologia e outras entidades que, atualmente, têm o direito de oferecer pós-graduações, com o aval do CFO e do MEC. “Com a modificação do modelo de formação é esperada uma grande reviravolta nas pós-graduações em Odontologia. Afinal, no modelo atual cabe ao aluno a remuneração por sua formação, e nas residências o aluno recebe salário para o aprendizado em serviço, semelhante ao que ocorre na Medicina. Assim, é possível que tais entidades possam ser afetadas se o novo modelo se impuser, exigindo a adequação às exigências dos órgãos de fomento, como o Ministério da Saúde e o MEC, ou fazendo parcerias com segmentos privados”, diz Pimentel.

Para o cirurgião-dentista, entre essas e tantas outras opções para regulamentar a atuação dos profissionais de Odontologia Hospitalar, “o importante é que as decisões sejam tomadas com base no bom senso e no desejo de servir à sociedade e aos usuários do SUS, preservando, também, os interesses dos esforçados profissionais que dedicam tanto do seu tempo para cuidar da saúde bucal da população”.
(*) Prof. Dr. Paulo Affonso Pimentel Júnior, cirurgião-dentista que participará do simpósio sobre Odontologia Hospitalar durante o 30° Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), que acontece entre os dias 28 e 31 de janeiro no Expo Center Norte (SP).

domingo, 15 de janeiro de 2012

Dia Nacional do Enfermo: 14 de janeiro

Hoje, aqui no Blog, citamos o exemplo do projeto "Terapia da Alegria".
Em novembro de 2011, refletimos sobre "A visão da morte para os profissionais de saúde"
Em setembro de 2011, publicamos artigo sugerido pelo colega Paulo S.S. Santos sobre "Comunicação do Diagnóstico de Doença Grave (Câncer) ao Paciente: Quem?Quando? Como? Por Que?"

São temas que se entrelaçam, sob várias óticas. Agora, escrevemos aqui sobre a visão de enfermo, a atuação profissional  frente ao processo saúde-doença e a questão da hospitalização.

“... Não há nada que se parece mais com um necrotério que um hospital. No lugar do mundo onde mais seria necessário muito amor e muito carinho há uma brancura, uma frieza, um cheiro de remédio que é feito para matar as pessoas, não para faze-las viver ..." (José Ângelo Gaiarsa).

Esse trecho do livro Amores Possíveis exemplifica como, frequentemente, o ambiente de um hospital é visto como frio e impessoal, as práticas de saúde como tecnicistas e mercadológicas e o relacionamento entre profissionais de saúde e pacientes como mecânico, distante ou inexistente.

Ontem, 14 de janeiro, foi comemorado o “dia Nacional do enfermo”. Mundialmente, a data também é comemorada no dia 11 de fevereiro, instituída pela Igreja Católica, pelo papa João Paulo II, em 1993, com o objetivo de sensibilizar governantes e sociedade para uma atenção especial aos enfermos, possibilitando assistência mais adequada.

"A data também serve para lembrar como a prevenção de doenças é importante. “Fazer exames periódicos, iniciar tratamentos na fase inicial de qualquer problema de saúde e dar mais atenção ao organismo é essencial para evitar o aparecimento ou agravamento de doenças”, observa Gerson Köhler" (Blog discussões sobre ortodontia e ortopedia facial).

O Dia do Enfermo traz um alerta aos Governos e a todos os profissionais de saúde ligados ao paciente (tanto os que lidam com ele diretamente quanto aqueles envolvidos na administração e gestão dos serviços de saúde). É um alerta para refletirmos, nos empenharmos e tratarmos nossos doentes (e seus familiares e amigos) de modo mais sensível, solícito, paciente, amoroso, carinhoso, afetuoso, humanizado e individualizado, com o objetivo final acelerar a recuperação, sempre que possível, ou mesmo diminuir o sofrimento, quando esta é a única alternativa, independente se o caso é de cuidados paliativos, de convalescença, de tratamentos eletivos ou de situações claramente transitórias.

Frente ao exposto, a atenção ao enfermo deve compreender as diversas dimensões humanas: biológica, psicológica, social, cultural, moral, espiritual e religiosa. Assim, ainda que pareça óbvio, quando um ser humano adoece, continua sendo uma pessoa, com história de vida pregressa, vontades e expectativas, e não um simples número de prontuário, um “sujeito ou objeto de estudo” ou um mero caso clínico interessante.

Finalizo com uma cena do filme “Patch Adams, o amor é contagioso”, que materializa claramente essa ideologia.



Projeto Terapia da Alegria - Humanização em Hospitais e Relacionamento entre Profissionais e Pacientes

Nada melhor do que bons exemplos para expressar nossos melhores desejos e sentimentos para a razão maior de nosso trabalho: os PACIENTES.

Ontem, 14 de janeiro, foi "Dia Nacional do Enfermo".


O Projeto Terapia da Alegria é realizado desde 2004 pela Cia de Teatro Expressão de Amor, que através de um trabalho voluntário, responsável e estruturado tem a proposta de levar alegria, distração e bem-estar aos pacientes internados. Para entrar nesse ambiente hospitalar, o Projeto Terapia da Alegria transformou a clássica roupa branca dos médicos em uma roupa divertida: os jalecos receberam bolsos coloridos e apetrechos por todos os lados, os sapatos tradicionais foram trocados por sapatos de palhaço, calças xadrez e adereços completam o figurino e o nariz vermelho é o ingrediente final nessa receita de Alegria que não possui contra-indicação.
Misturando elementos de teatro, música, circo, mágicas, bonecos entre outros, os médicos são especialistas em risologia e os procedimentos se baseiam no simples e importante verbo brincar.

Concluindo todo esse Blá, Blá, Blá, nós entendemos que RIR ainda é o melhor Remédio e que o AMOR , assim como uma doença, é contagioso!

"Não existe nenhuma coisa séria que não possa ser dita com um sorriso!"
Conheça nosso site: www.terapiadaalegria.com.br
Conheça também o site da Cia de Teatro Expressão de Amor: www.expressaodeamor.com.br

O texto acima encontra-se como descrição de alguns dos vídeos da iniciativa, divulgados no youtube. Dentre eles, compartilho com vocês:

TERAPIA DA ALEGRIA 2012


TERAPIA DA ALEGRIA 2007

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

VALORES NA ORTODONTIA - EXTRAPOLEMOS PARA MOOH

Postado no grupo do Facebook "Medicina Oral e Odontologia Hospitalar", pelo colega José Carlos Faria Lago. Sábias palavras. Podemos extrapolar para a Odontologia Hospitalar. Por intermédio da Dra. Diana Rosado Lopes, o autor generosamente permitiu a postagem de seu texto aqui em nosso blog. APROVEITEM!

"Diana, já em sequência ao seu convite para participar deste grupo, embora seja da área de Ortodontia, no momento estou desenvolvendo um tema sobre "Valores na ortodontia" que extrapola os limites da área. Creio que possa ser útil para aos novos colegas. Por isso, tomo a liberdade de postá-lo a seguir. Avaliem se há ou não interesse. Aceite um abraço do colega."

VALORES NA ORTODONTIA

Fonte da imagem: www.netdentista.com 
Número recente da revista Vejinha São Paulo trouxe matéria sob o título de “Preços de arrepiar” onde o articulista, num tom entre divertido e irônico, comenta o novo hit da moda nos salões de beleza, que é a ascensão das atividades dos “designers de sobrancelhas” e a consequente disparada nos preços cobrados pelos profissionais que as executam. O serviço, prestado por manicures ou maquiadoras que antes valia não mais do que 10 a 20 reais, cede espaço para os autodenominados “designers” que atingem o pico de 220 reais pela atividade, e com agendas aquecidas. Algo está errado? Não! Apenas descobriram valores até então ocultos ou despercebidos e os expuseram à percepção de seus clientes os quais, encantados com essa visão antes insuspeitada e convictos do maior valor intrínseco, não apenas pagam agradecidos, como divulgam as boas novas.

De maneira alguma subestimo o valor destes profissionais, antes os elejo como ícones para estudos comportamentais que podem gerar sugestões úteis a colegas ortodontistas que se vêem torturados pelo esvaziamento dos valores agregados às próprias ocupações. Isto não é pregação de frivolidades, é antes um convite ao estudo das leis psicossociais que conduzem o comportamento humano.

Este tema, colegas, precisa ser destacado para nortear novas atitudes. Há que buscar o valor onde de fato ele está e expô-lo claramente, mergulhando fundo nos princípios biológicos que regem o campo e conscientizando das implicações inerentes. Procurem afastar-se do aspecto meramente estético, que tem sua importância apenas relativa, pois resume-se à ponta visível de um iceberg. O valor está no que subjaz, cabendo-nos apresentá-lo com linguajar adequado, como aconselha a Programação Neuro Linguística.

O assunto é complexo, colegas, e como sei que texto longo ninguém lê, cautelosamente paro por aqui.

Um forte abraço e feliz ano de 2012 a todos

Lago

Reunião de Janeiro de 2012 do GEMOOH-RN


ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DO GRUPO DE ESTUDO EM MEDICINA ORAL E ODONTOLOGIA HOSPITALAR DO CRO -  RIO GRANDE DO NORTE

 Ao décimo dia do mês de janeiro de 2012, as 19h, no Auditório do Conselho  Regional de Odontologia – secção RN (CRO-RN), situado a Rua Cônego Leão Fernandes, 619 - Petrópolis - Natal/RN, reuniram-se em Assembleia Geral Ordinária os membros da Comissão de Medicina Oral e Odontologia Hospitalar do Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Norte (COMOOH-RN), profissionais e acadêmicos da área odontológica e demais interessados no tema, que figuram na lista de presença.

Informalmente, antes da chegada de todos os colegas, iniciou-se uma discussão sobre a obrigatoriedade dos planos de saúde de autorizarem exames solicitados por Cirurgiões-Dentistas. Desta forma, a Dra Érika Vidal ficou de enviar um e-mail para Dra Maria Cecília Aguiar, lembrando a mesma de enviar para o grupo o modelo de prescrição com códigos, leis e frases de impacto.

A presidente da comissão de MOOH-RN, Dra. Diana Rosado Lopes, abriu a sessão falando um pouco sobre a reunião anterior do GEMOOH-RN e os temas a serem discutidos. A Dra. Maria Cecília Aguiar ficou como secretária, responsável pela redação da ata.

(1) Jornada de Odontologia Hospitalar

Dentre alguns temas propostos, o seguinte foi escolhido como o mais adequado até o momento: “I JORNADA NORTERIOGRANDENSE DE ATENDIMENTO HOSPITALAR SOB A ÓTICA INTERDISCIPLINAR” (ou “I JORNADA NORTERIOGRANDENSE DE ATENDIMENTO HOSPITALAR NA PERSPECTIVA DA INTERDISCIPLINARIDADE”)
Dentre os profissionais que necessariamente devem fazer parte do grupo de palestrantes, temos: Cirurgião-Dentista, Fisioterapeuta respiratório e motor, Fonoaudiólogo, Enfermeiro, Médico infectologista, Médico pneumologista, Médico cardiologista e Técnico de enfermagem, Auxiliar de enfermagem, dentre outros que ainda serão definidos.
Os dias de 21 e 22 de setembro foram os escolhidos até o momento para o evento, pois parece não estar previsto outro evento similar nesta mesma época (Congresso ABO-RN - 23 a 26/ago; Hemo 2012 - 08 a 11 de Nov; AMIB - sem data, mas em 2011, foi em Nov; Pneumo - sem data; Onco - 24 a 27/out; Cardio - 14 a 17 de set; ABOPE - não haverá em 2012).
A discussão referente a jornada foi interrompida pela chegada no encontro do Dr. Paulo Hemerson Moraes, mestre e doutor em  CTBMF pela UNICAMP, que veio especialmente para a discussão do protocolo que se segue. Pelo fato querermos aproveitar a sua presença, a aula da Dra Diana Rosado Lopes foi adiada para o próximo encontro, que acontecerá no dia 02 de fevereiro de 2012, as 19 horas, no CRO-RN.

(2) Protocolo de internação

A Dra Diana havia sugerido que fizéssemos o protocolo com tópicos e subtópicos (“PROTOCOLO PARA INTERNAÇÃO DE PACIENTE PARA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO EM CENTRO CIRÚRGICO”), com especificidades conforme segue:

I) PACIENTE PARTICULAR (sem planos de saúde odontológico e médico hospitalar)
II) PACIENTE CONVÊNIO (com planos de saúde odontológico e médico hospitalar)
III) PACIENTE SUS
                         
Para essas três modalidades, serão definidos detalhadamente:
1. Solicitação de Risco Cirúrgico: Como fazer / A quem entregar...
2. Avaliação pré-anestésica pré-cirúrgica
3. Solicitação de internação
4. Pedido de procedimento

O Dr. Paulo Hemerson de Morais iniciou sua fala relatando que qualquer procedimento odontológico pode exigir internação em Centro-Cirúrgico (CC) sob anestesia geral ou sedação, por motivos diversos como traumas pregressos, risco de vida, PNE, pacientes não colaborativos etc.

Ao seu ver, temos duas vertentes: SUS e plano de saúde. Para o CD atender pelo SUS em CC, é necessário que o mesmo realize um cadastro (credenciamento) na diretoria do hospital.
Para o plano de saúde, não é necessário nenhum tipo de credenciamento. Como os planos de saúde geralmente são cooperativas médicas, cabe ao próprio paciente ou plano odontológico arcar com as despesas odontológicas. O plano médico tipo hospitalar dá direito a internação e tem obrigação de arcar com anestesia geral, hemoderivados e outros.

Guia de internação hospitalar – muitos planos dispõem online, outros disponibilizam na própria prestadora ou no próprio hospital – essa guia deve ser preenchida com CID, CBHPM e TUSS e ser entregue ao paciente.

Pedido de Cirurgia ou de Procedimento – feito pelo próprio CD, com justificativa de estar solicitando que aquele procedimento seja realizado em CC, com explicação do procedimento, com exames complementares (laboratoriais, Rx...) e solicitação de outros (se for necessário). É como um laudo, com o prontuário completo e também deve ser entregue ao paciente. O PACIENTE DEVE LEVAR A GUIA DE INTERNAÇÃO E O PEDIDO DE CIRURGIA OU PROCEDIMENTO PARA O HOSPITAL EM QUE ELE SERÁ INTERNADO. O Dr. Paulo salienta que é necessário solicitar também o Risco Cirúrgico e a Avaliação Anestesiológica sempre.

Hoje em dia, a ANS prevê até 21 dias para que o plano dê a autorização de procedimentos eletivos. Os planos de saúde estão cada vez mais aumentando esse prazo e exigem cada vez mais dos dentistas, negando as solicitações. Se passar dos 21 dias, deve-se fazer a denúncia formal por telefone pelo distrito (0800) (para Natal, é centralizado em Fortaleza e o telefone consta no site da ANS).

Sendo o pedido autorizado, o hospital credenciado entra em contato com paciente e profissional e este tem 30 dias para agendar a cirurgia.

A maioria dos hospitais exige que o CD entregue o instrumental um (1) dia antes do procedimento para que o próprio hospital esterilize.

No dia da cirurgia, pode-se fazer prescrição pré-operatória (profilaxia antibiótica, corticóide, tipo de intubação...). O hospital fornece todo o material básico (gaze, compressa, algodão, fio de sutura, lâmina de bisturi...), porém existem os materiais consignados como as placas e os parafusos, que devem estar solicitados no pedido de cirurgia entregue ao hospital.

Segundo o Dr. Paulo, existe uma grande barreira que é o fato de muitos médicos invadirem a área dos Cirurgiões Bucomaxilofaciais. Porém, questionado sobre os pacientes com necessidades especiais que não necessariamente são cirúrgicos, ele diz que talvez a barreira seja menor.

Para terminar a discussão sobre o protocolo, ao fim do procedimento, o CD deve preencher todas as papeladas entregues pela enfermagem (procedimento cirúrgico, descrição cirúrgica e prescrição pós-operatória - tipo de dieta, solução endovenosa, monitoramento dos sinais vitais, cabeceira, compressas, telefones para intercorrências ou dúvidas) ainda no CC e o paciente fica no centro de recuperação. O mesmo deve ficar internado o tempo que o CD julgar necessário. É importante lembrar que, após a extubação do paciente e alta do centro de recuperação, o paciente é somente do CD, devendo o anestesiologista ser chamado se necessário.

Quando achar pertinente, deve-se avaliar o que a equipe de enfermagem registrou e dar alta na folha de prescrição do dia. Neste momento, pode aproveitar para solicitar algum exame previamente a alta.

Ao fim, o Dr. Paulo ressalta que todo este trabalho é para o paciente não pagar a internação, o médico e os remédios, pois para ele, o paciente que paga os honorários.

Foi sugerido que este protocolo seja lançado durante a jornada como sendo do CRO-RN.
Obs.: A guia de internação para o paciente SUS fica disponível no hospital.

Encerraram-se assim os trabalhos, às 22h, e, devido ao adiantar da hora, ficou definida uma reunião extraordinária para o dia 23 de janeiro de 2012, quando será discutida somente a jornada já citada nesta ata.  O encontro do dia 07 de fevereiro de 2012 está mantido, as 19h, com conferência científica prevista com a Dra Diana Rosado Lopes, intitulada “Atendimento Odontológico com Equipamento Portátil – H3 Odonto”.