Hoje, aqui no Blog, citamos o exemplo do projeto "Terapia da Alegria".
Em novembro de 2011, refletimos sobre "A visão da morte para os profissionais de saúde"
Em setembro de 2011, publicamos artigo sugerido pelo colega Paulo S.S. Santos sobre "Comunicação do Diagnóstico de Doença Grave (Câncer) ao Paciente: Quem?Quando? Como? Por Que?"
São temas que se entrelaçam, sob várias óticas. Agora, escrevemos aqui sobre a visão de enfermo, a atuação profissional frente ao processo saúde-doença e a questão da hospitalização.
“... Não há nada que se parece mais com um necrotério que um hospital. No lugar do mundo onde mais seria necessário muito amor e muito carinho há uma brancura, uma frieza, um cheiro de remédio que é feito para matar as pessoas, não para faze-las viver ..." (José Ângelo Gaiarsa).
Esse trecho do livro “Amores Possíveis” exemplifica como, frequentemente, o ambiente de um hospital é visto como frio e impessoal, as práticas de saúde como tecnicistas e mercadológicas e o relacionamento entre profissionais de saúde e pacientes como mecânico, distante ou inexistente.
Ontem, 14 de janeiro, foi comemorado o “dia Nacional do enfermo”. Mundialmente, a data também é comemorada no dia 11 de fevereiro, instituída pela Igreja Católica, pelo papa João Paulo II, em 1993, com o objetivo de sensibilizar governantes e sociedade para uma atenção especial aos enfermos, possibilitando assistência mais adequada.
"A data também serve para lembrar como a prevenção de doenças é importante. “Fazer exames periódicos, iniciar tratamentos na fase inicial de qualquer problema de saúde e dar mais atenção ao organismo é essencial para evitar o aparecimento ou agravamento de doenças”, observa Gerson Köhler" (Blog discussões sobre ortodontia e ortopedia facial).
O Dia do Enfermo traz um alerta aos Governos e a todos os profissionais de saúde ligados ao paciente (tanto os que lidam com ele diretamente quanto aqueles envolvidos na administração e gestão dos serviços de saúde). É um alerta para refletirmos, nos empenharmos e tratarmos nossos doentes (e seus familiares e amigos) de modo mais sensível, solícito, paciente, amoroso, carinhoso, afetuoso, humanizado e individualizado, com o objetivo final acelerar a recuperação, sempre que possível, ou mesmo diminuir o sofrimento, quando esta é a única alternativa, independente se o caso é de cuidados paliativos, de convalescença, de tratamentos eletivos ou de situações claramente transitórias.
Frente ao exposto, a atenção ao enfermo deve compreender as diversas dimensões humanas: biológica, psicológica, social, cultural, moral, espiritual e religiosa. Assim, ainda que pareça óbvio, quando um ser humano adoece, continua sendo uma pessoa, com história de vida pregressa, vontades e expectativas, e não um simples número de prontuário, um “sujeito ou objeto de estudo” ou um mero caso clínico interessante.
Finalizo com uma cena do filme “Patch Adams, o amor é contagioso”, que materializa claramente essa ideologia.
O dia do enfermo tem que ser celebrado com bons profissionais que cuidem da saúde deles.
ResponderExcluirAcho que esse dia eu estava numa clinica, na área de estomatologia