18/11/2011       , às 09h37      - Da Agência Saúde          Ações do Ministério da Saúde fazem parte  do plano Viver sem limite lançado hoje pela presidenta Dilma Rousseff  que beneficiará 45 milhões de brasileiros
  O Ministério da Saúde é um dos 15 órgãos  envolvidos nas ações do Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos  da Pessoa com Deficiência, lançado nesta quinta-feira (17) pela  Presidenta da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
O programa, coordenado pela Secretaria de Direitos  Humanos, visa a atender os cerca de 45 milhões de brasileiros - 23,9% da  população - que possuem algum tipo de deficiência.“É preciso que  olhemos para as pessoas com deficiência de outro modo, fortalecendo o  seu protagonismo, promovendo a sua autonomia e eliminando barreiras”,  disse, emocionada, a presidenta Dilma.
Por meio de ações estratégicas em educação, saúde,  inclusão social e acessibilidade, o Plano tem o objetivo de promover a  cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência  na sociedade, promovendo sua autonomia, eliminando barreiras e  permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços  disponíveis a toda a população.
Para garantir o cumprimento eficaz das propostas, o ministro Alexandre Padilha assinou ontem portaria que  institui o Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde  do Plano Nacional para Pessoas com Deficiência. A portaria foi publicada  hoje no Diário Oficial da União.
Com investimento de R$ 1,4 bilhão, de um total de  R$ 7,6 bilhões, o eixo da saúde ampliará ações de prevenção às  deficiências, criação de um sistema nacional para o monitoramento e a  busca ativa da triagem neonatal, com um maior número de exames no Teste  do Pezinho.
O ministério também está estruturando a Rede de  Atenção à Saúde Pessoa com DeficiênciaSUS, que será um conjunto de  serviços, ações e estratégias de saúde com o objetivo de garantir a  assistência integral a toda população que necessita deste tipo de  atendimento.
"Pela primeira vez uma rede desse porte é  estruturada. Queremos que todos os estados tenham um centro de  referência com os quatro atendimentos específicos (visual, física,  intelectual e auditiva) para as pessoas com deficiência. Por isso,  fizemos parceria com os centros de excelência e reabilitação", afirmou o  ministro Padilha.
A rede de reabilitação do SUS é composta por  diversos serviços especializados em deficiência física, visual, auditiva  e intelectual, oficinas ortopédicas, unidades básicas de saúde e  hospitais, voltados para o enfrentamento de problemas das pessoas com  deficiência. 
Dentro dessa rede, estão os Centros Especializados  de Reabilitação (CER), que serão implantados a partir de 2012. Os CERs  são serviços que agregam tecnologia para atender às várias modalidades  de cuidado específicas para os diferentes tipos de deficiência, com  qualidade e efetividade no cuidado.
Até 2012, está prevista a criação de 45 novos CER,  bem como a qualificação dos serviços já existentes. Para facilitar o  acesso da pessoa com deficiência aos locais de reabilitação, serão  distribuídos 88 veículos adaptados para o transporte de pessoas com  deficiência.
Do valor investido pelo Ministério da Saúde, R$ 949  milhões serão destinados ao fornecimento de órteses, próteses e meios  auxiliares de locomoção, procedimentos de manutenção e materiais  especiais.O valor será investido no período de 2012 e 2014.
Inédito no SUS, o investimento na manutenção das  órteses e próteses permitirá aos usuários constante conservação do  material. Além disso, o ministério promoverá, a cada dois anos, a  atualização da lista de itens oferecidos para evitar sua defasagem do  material oferecido.
Cadeiras de rodas –Visando a  melhor qualidade de vida dos mais de 75 mil cadeirantes no Brasil, o  Ministério da Saúde pretende adaptar as cadeiras de rodas dos mais de 75  mil brasileiros a partir do ano que vem. A medida terá um investimento  de R$ 42,5 milhões.
O Ministério da Saúde e a AACD, por meio de  parceria e cooperação técnica, realizam a concessão e adaptação de  cadeira de rodas a 3.891 pessoas que hoje estão em fila de espera da  instituição. Destas, 3.736 terão adaptação convencional e 155, adaptação  digital. Isto significa um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões  ainda neste ano.
As cadeiras adaptadas auxiliam na manutenção da  postura desses pacientes, minimizando o estresse ósseo e dos tecidos  moles, garantindo maior conforto pela maior distribuição da área de  contato. Corrigindo a postura, previnem-se deformidades, contraturas,  lesões de pele (como as úlceras de decúbito). Há melhora também nas  condições de acessibilidade, transporte e mobilidade dos deficientes, de  forma dependente ou independente.
Haverá ainda expressivo fortalecimento das ações de  habilitação e reabilitação, atendimento odontológico, ampliação das  redes de produção e acesso a órtese e prótese. Também terão reforço as  ações clínicas e terapêuticas, com a elaboração e publicação de  protocolos e diretrizes de várias patologias associadas à deficiência.
Comitê – O Comitê Nacional de  Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde do Plano Nacional de para  Pessoas com Deficiência estabelecerá os padrões de qualidade dos  serviços, definirá os critérios de organização e  funcionamento, apoiará  sua qualificação e a capacitação de seus profissionais. O Comitê será  formado por representantes das secretarias do Ministério da Saúde, seus  órgãos vinculados, além de instituições em excelência.

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