Um livro ou guia que pode ser interessante. Divido com vocês.
Pozzobon, Adriane. Etimologia e abreviatura de termos médicos: um guia para estudantes, professores, autores e editores em medicina e ciências relacionadas/ Adriane Pozzobon. Gabriela Augusta Mateus Pereira - Lajeado: Ed. UNIVATES, 2011. 381 p.
Adriane Pozzobon
Rua Avelino Tallini, 171 - CEP 95900-000. Lajeado-RS.
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(51) 9913-2336.
adripozz@yahoo.com.br
pozzobon@univates.br
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
Este livro é sobre conhecimento e comunicação. Em primeiro lugar, trata da facilidade da compreensão da linguagem biomédica por meio do estudo das raízes gregas e latinas das palavras. Sabemos que o acesso ao significado de doenças, exames e nomenclatura anatômica pela Internet é extremamente rápido e eficiente; mas aqui se trata da multiplicação do saber e do aprendizado permanente de uma forma construtiva e de controle de um universo de palavras quase sempre não dominado por todos. Ao nos aproximarmos desse universo, poderemos inferir o significado de uma palavra mesmo sem conhecê-la, e isso pode nos proporcionar resultados positivos em avaliações, concursos, entrevistas e na relação profissional. Isso nos traz destaque e valorização. Daremos exemplos: 1) se soubermos o que é ctomia ou tomia, saberemos nos aproximar dos significados de: colostomia, mastectomia, esplenectomia, colicistectomia etc.; 2) o étimo condro significa cartilagem; então, palavras como condromalacia, osteocondrite, condroblastos, condropatia e sincondrose estão relacionadas a esse significado.; 3) a raiz angio quer dizer vaso (linfático ou sanguíneo), então novamente: angioressonância, linfangioma, angioma, coronarioangiografia etc.; 4) o étimo úria significa urina, ou o que compõe a urina; então como ficaria o termo proteína na urina? Ou glicose na urina? Ou se o paciente urina pouco? Proteinúria, glicosúria e oligúria; 5) dis no início das palavras biomédicas quase sempre quer dizer mal funcionante: dislalia, disfagia, discinesia, dispneia, disenteria etc. Assim se multiplica o saber!
Em segundo lugar este livro trata de forma de comunicação na área das ciências exatas: abreviaturas, siglas e o sistema internacional de unidades (SI). A chamada cultura metrológica vem se tornando uma estratégia de organizações empresariais, acadêmicas, técnico-científicas e da área médico-clínica para aumentar a produtividade e a qualidade de produtos e serviços, reduzir custos e tempo. O estudo e o conhecimento da forma oficial de apresentação de siglas, símbolos e abreviaturas são indispensáveis para qualquer atividade na área biomédica. Erros médicos podem ser evitados; teses, relatórios, laudos e dissertações podem ser corretamente redigidas sem o risco de desclassificação ou mal interpretação de dados e informações.
Existe vasta produção de artigos sobre erros médicos (iatrogênicos) causados por escrita não legível, emprego errado de abreviaturas e uso de abreviaturas com significados ambíguos, levando a frequentes mal interpretações da forma escrita e também da oral.
Exemplos de abreviaturas e símbolos na área clínica nos Estados Unidos que foram mal interpretados: 1) “HCT250 mg” estava prescrito como hidrocortisona (hydrocortisone) 250 mg, mas foi erradamente lido como hidroclorotiazida (hydrochlorothiazide) 50 mg: HCTZ50 mg. Uma enfermeira transcreveu uma ordem oral para o antibiótico aztreonam como AZT (antibiotic aztreonam), o que foi subsequentemente considerado como droga antiviral zidovudine (antiviral drug zidovudine). Outros exemplos perigosos: 1.0 mg não deve ser escrito com ponto, e sim 1 mg (e sempre com espaçamento entre o número e a unidade), pois o ponto decimal pode não ser legível ou lido, levando facilmente a uma super dosagem. A abreviatura “U” de unidade deve ser sempre maiúscula, pois em minúscula pode ser interpretada como zero, quatro ou seis.
As formas oficiais de unidades e de medidas do SI e abreviaturas que devem ser usadas e as que não são indicadas são mostradas neste livro. Ainda: Você sabe qual sistema empregou ou empregará em sua tese, dissertação ou em seu próximo livro? Vancouver ou Harvard? Por quê? Você sabe o que é DOI e a sua importância na área das publicações e editorações? Você sabe como inserir na lista bibliográfica uma fonte retirada de um blog ou de um site? Enfim, por sua importância e sua abordagem didática e acessibilidade, este livro deve ser considerado como um instrumento valioso de permanente consulta e aprendizado.
Apesar do cuidado em adicionar o máximo de abreviaturas e siglas, é possível que este livro não esteja completo, pois podem ter surgido novas representações durante o seu processo de publicação.
A autora
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